Morreu neste sábado (4) o ator e diretor Hugo Carvana, aos 77 anos. Carvana estava internado desde o último domingo (28) no Hospital Pró-cardíaco no Rio de Janeiro.
Segundo o hospital, Carvana morreu por volta das 11h da manhã. A família não autorizou a veiculação de informações sobre a causa da morte.
Há pelo menos cinco anos, ele convivia com o mal de Parkinson.
Nascido na capital carioca em 4 de junho de 1937, Hugo ficou conhecido do público da televisão por personagens como o jornalista Valdomiro Pena, protagonista do seriado "Plantão de Polícia" (Globo, 1979).
Trabalhou em mais de cem filmes e dirigiu nove, entre eles os premiados no Festival de Gramado "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973), "Vai Trabalhar Vagabundo 2" (1991) e "Bar Esperança" (1983).
Carioca do bairro de Lins de Vasconcelos, na zona norte da capital fluminense, Carvana era um autodidata que abandonou a escola para trabalhar como office-boy em um laboratório.
Aos 18 anos, iniciou a carreira de ator interpretando chanchadas - ao todo, atuou em 22 produções do estilo, em um universo de mais de cem filmes.
Entre 1973 e 2011, Carvana produziu oito filmes. Em 1973, no auge da ditadura, atuou e dirigiu a primeira comédia, "Vai Trabalhar Vagabundo".
Seus filmes mais recentes, todos de comédia, foram "Não se Preocupe, Nada Vai dar Certo", com Gregório Duvivier, Tarcísio Meira e Mariana Rios, e "Casa da Mãe Joana" 1 e 2, com Juliana Paes, Malu Mader e José Wilker, também morto neste ano.
Como ator, trabalhou em mais de 30 novelas e 60 filmes, entre eles o clássico "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha.
Das reuniões com grupos de esquerda organizados na resistência à ditadura militar, Carvana adquiriu consciência política, sendo atuante principalmente no movimento das "Diretas, Já", entre 1984 e 1985. Foi presidente da Fundação de Artes do Rio de Janeiro, Funarj, durante o governo Leonel Brizola (1983-1987).
Carvana foi ator de muitas novelas e especiais de televisão. Na Globo, participou de novelas como "Gabriela" (1975), "Roda de Fogo" (1986), "Celebridade" (2003) e "Paraíso Tropical" (2007), além de minisséries como "As Noivas de Copacabana" (1992), "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados" (1995), "Chiquinha Gonzaga" (2003) e "JK" (2006).
O diretor estava em fase de pré-produção de um novo longa, que seria gravado no ano que vem. A comédia se passaria em um cruzamento de duas avenidas em Copacabana e teria Paulo Betti no elenco.Detalhes referentes a velório e sepultamento ainda não foram divulgados pela família.
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