Frases criadas por Bolaños e popularizadas por Chaves:
"Prefiro morrer do que perder a vida".
"Isso, isso, isso".
"Não contavam com a minha astúcia".
"Foi sem querer querendo".
"Tá bom, mais não se irrite".
"As pessoas boas devem amar seus inimigos".
O ator mexicano Roberto Gómez Bolaños, que criou dos seriados Chaves e Chapolin, morreu nesta sexta-feira (28/11), aos 85 anos de idade, na cidade de Cancún. A informação foi confirmada pela rede de TV Televisa, na qual os programas do humorista eram produzidos e transmitidos.
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Ele morava em Cancún, com a mulher, a também atriz Florinda Meza, que faz o papel da Dona Florinda no programa "Chaves".
O ator sofria de problemas respiratórios há anos por ter fumado durante muito tempo. Em março de 2012, foi internado em hospital na Cidade do México devido a uma insuficiência respiratória.
O talentoso e prolífico comediante recebeu o apelido de "Chespirito" de um diretor de cinema, que é o diminutivo da pronúncia em espanhol de Shakespeare e o batizou assim por sua abundante produção de roteiros e sua estatura baixa.
Mais de quatro décadas depois de ter estreado, os programas de Chespirito continuam em exibição em toda a América Latina, algo raro na televisão.
O apelido de Chespirito foi dado pelo diretor Agustín Delgado, primeiro a rodar um roteiro escrito por ele. O cineasta considerava Bolaños "um pequeno Shakespeare", que fazia historias semelhantes às do escritor inglês. Em 1968, passou a escrever o programa "Los Supergenios de La Mesa Cuadrada", onde estreou como ator na televisão.
Em 1970, ganhou um programa próprio, batizado com seu apelido. No mesmo ano, o personagem Chapolin Colorado estreou na atração. No ano seguinte, "Chaves" foi ao ar pela primeira vez. Após o fim de "Chesperito", em 1973, Chaves e Chapolin ganharam programas independentes, que duraram até 1979. "Chesperito" voltou a ser exibido em 1980, mantendo-se na grade por 15 anos.
Em 1984, o SBT passou a exibir "Chapolin" e "Chaves". Este último passou a ser uma espécie de "levanta audiência" na emissora de Silvio Santos. A série foi retirada da programação algumas vezes, mas hoje é exibida de segunda a sexta-feira.
Bolaños foi casado com a escritora Graciela Fernández, com quem teve seis filhos, entre 1958 e 1977, ano em que assumiu o relacionamento com a atriz e escritora Florinda Meza, a dona Florinda de "Chaves". Eles oficializaram a união em 2004. Há alguns anos, eles vivem em Cancún, em uma casa próximo à Lagoa de Nichupté. O local fica livre do assédio da imprensa mexicana.
Desde 2009, o estado de saúde do comediante era instável. Ele precisou operar a próstata e, por conta do procedimento, deixou de andar. Desde então, diversos boatos sobre sua morte são divulgados. Ao completar 85 anos em fevereiro, um parente próximo de Bolaños disse que o ator tinha acompanhamento médico 24 horas por dia.
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