O compositor britânico John Barry, ganhador de cinco Oscars e conhecido por ser autor de trilhas sonoras para os filmes do espião James Bond, morreu no último domingo, aos 77 anos. Ele deixou a esposa, Laurie Barry, com quem foi casado por 33 anos, quatro filhos e cinco netos. A causa da morte não foi divulgada, mas a rede BBC informou que ele teria sofrido um ataque cardíaco.
Barry escreveu as trilhas sonoras de 11 filmes do agente 007 começando por Moscou Contra 007 (1963). No ano anterior, ele já havia feito arranjos para O Satânico Dr. No, filme inaugural da série.
Barry nasceu em 1933, na cidade de York, no norte do Reino Unido, e numa entrevista há quase dez anos contou ter testemunhado os efeitos dos bombardeios nazistas de 1942 sobre a cidade inglesa experiência que teria tido um profundo impacto na sua música. "Tenho uma forte atração por temas que lidem com a perda", disse ele, comentando seus trabalhos para o cinema.
"Entre Dois Amores, Dança com Lobos, Em Algum Lugar do Passado todos esses filmes são sobre perdas. Não sei se isso vem da minha experiência na Segunda Guerra Mundial. Isso deixa uma marca, não sei como poderia não deixar", disse o músico. Barry estudou piano clássico, mas se voltou para o jazz e aprendeu trompete. No fim da década de 1950, ele formou um septeto com o seu nome, e chamou o guitarrista Vic Flick autor dos clássicos acordes que identificam o personagem James Bond até hoje.
O compositor começou a fazer arranjos para cantores numa série de televisão, e estreou no cinema com a trilha de Beat Girl (1960). Ganhou Oscars por Dança com Lobos, Entre Dois Amores, O Leão no Inverno e A História de Elza , pelo qual levou duas estatuetas, nas categorias de melhor trilha sonora e canção original. Barry também recebeu quatro Grammys e uma homenagem da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (Bafta), em 2005.
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