O diretor do Centro Nacional de Primeiros Socorros da Grécia (EKAB), Yiannis Rotziokos, anunciou nesta quarta-feira (25) que será aberta uma investigação sobre uma suposta negligência e atraso na assistência ao diretor de cinema Theo Angelopoulos, que morreu na terça-feira após ser atropelado por uma moto.
Por volta das 19h no horário local (15h em Brasília) da terça-feira, Angelopoulos foi atropelado por uma moto - supostamente conduzida por um policial fora de serviço - enquanto cruzava uma avenida na periferia ateniense, onde trabalhava em locações para seu próximo filme, sobre os efeitos da crise na Grécia.
O diretor de cinema foi levado a um hospital privado, onde morreu pouco antes da meia-noite vítima de danos cerebrais múltiplos e hemorragia interna.
Entretanto, alguns meios da imprensa grega afirmam que a ambulância atrasou até 45 minutos para chegar ao lugar do acidente após a ligação da equipe de Angelopoulos.
Um médico da equipe de emergências da EKAB, citado pelo jornal "Kathimerini" disse que a primeira ambulância que se dirigia ao auxílio de Angelopoulos sofreu problemas nos freios, por isso teve que ser substituída por outra, gerando um atraso.
No entanto, o Ministério da Saúde publicou um comunicado no qual explicou que os acompanhantes de Angelopoulos pediram uma ambulância particular para levá-lo ao hospital privado Metropolitan e que a ambulância pública do EKAB "se limitou a oferecer primeiros socorros" no local.
Autoridades estatais e personagens do mundo da cultura manifestaram seu pesar pela morte do "poeta das imagens" Angelopoulos, o diretor mais premiado internacionalmente do cinema grego e figura reconhecida dentro da história do cinema mundial.
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