Programação
A 6ª Mostra Cena Breve dura quatro dias no Teatro Novelas Curitibanas:
Dia 28 Com Amor Teatro de Breque (PR); Laranja Mecânica Companhia de Bife Seco (PR); Os Três Tenores Cia. dos Palhaços (PR)
Dia 29 Lua de Mel Cia. da Casa (PR); Pig Lalangue Couve-Flor (PR); Fábrica de Nuvens TAZ (MG)
Dia 30 1999=10 Quem Somos Nós? (MG); Calçolas Núcleo Vagapara (BA); "..." Prólogos Companhia Subjétil (PR)
Dia 31 Se Conselho Fosse Bom Seria Ação de Classificados: a Primeira Atividade Melodramática Cães Lacrimosos (PR); RG 38 e Mais Nada Cia. Teatral as Medéias (MG); O Treinador Pausa Companhia (PR)
Sem compromissos envolvidos numa montagem convencional, os artistas participantes da 6.ª Mostra Cena Breve têm a liberdade de experimentar, na medida da própria ousadia. As cenas de 15 minutos apresentadas podem evoluir para espetáculos, como foi o caso de Não Era Um Sinal, dirigido por Nina Rosa Sá. Ou circular sem alterações, a exemplo de Coração Acéfalo/Boca Desgarrada, da Cia. Subjétil, que percorreu festivais de cenas curtas de Belo Horizonte, Manaus e Brasília. Caso não tenham continuidade, ao menos servem para pôr à prova algumas ideias e vontades artísticas.
Nesta nova edição, que começa hoje, oito coletivos paranaenses, três mineiros e um baiano, interessados em linguagens distintas, se apresentam no Teatro Novelas Curitibanas. "É um espaço de desafio para os grupos", diz Marcia Moraes, produtora da CiaSenhas e uma das organizadoras. "Mantemos esse caráter experimental como mote. Instiga tanto quem faz quanto o público. E nós, da organização, a unir o que a cidade está pensando nesse momento, para onde o teatro está apontando", ela completa.
A curadoria se preocupa em incluir grupos ainda em formação. "Para nós, é realmente uma incógnita", admite Marcia, uma vez que a seleção se faz pelo projeto, sem nada terem visto da encenação ainda. Este ano, as "novidades" são a Companhia de Bife Seco, dirigida por Dimis Soares, formando da Faculdade de Artes do Paraná; o Coletivo Cães Lacrimosos, "novo" por consolidar a parceria entre Clóvis Cunha e Ricardo Nolasco; e a Cia. da Casa, agrupamento recente de profissionais com experiência.
Entre os "veteranos" da mostra, a edição reserva o retorno da Pausa Companhia, afastada dos palcos desde O Mez da Grippe; o Coletivo Couve-Flor, representado por um solo de Gustavo Bitencourt; o Teatro de Breque; a Cia. dos Palhaços; e a Subjétil. Darlei Fernandes, diretor desta última, conta que a cena criada dá conta das relações de poder do mito de Édipo, explorando o espaço urbano, na fronteira entre teatro, dança e performance.
Economia
Este ano, a Cena Breve precisou se estrutrar com apenas 30% do orçamento original. Os recursos vêm do edital de festivais da Caixa Econômica, que entregou R$ 50 mil de R$ 150 mil solicitados. Além disso, para não entrar em conflito com o edital de ocupação do Teatro da Caixa, foi pedido que a mostra migrasse para outro espaço. No Novelas Curitibanas, a plateia só comporta 70 espectadores, por isso serão feitas duas sessões ao dia, às 19 e 21 horas.
Para contornar as restrições financeiras, a organização conseguiu que grupos de outros estados se hospedassem nas casas de artistas daqui, num esquema de colaboração voluntária. Ainda assim, abandonaram planos como uma apresentação da Cia. do Feijão na abertura. O grupo paulista se limitou a um bate-papo e uma oficina.
Mantiveram, porém, o convite a um crítico para escrever no blog da mostra o carioca Daniel Schenker, do Jornal do Brasil e do site Questão de Crítica, assume a tarefa e os debates diários na sede da CiaSenhas, repensados para provocar ainda mais os participantes.
Serviço:
6ª Mostra Cena Breve. Teatro Novelas Curitibanas (R. Carlos Cavalcanti, 1.222), (41) 3321-3358. De quinta-feira a domingo, às 19 e às 21 horas. Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia e cliente da Caixa Econômica Federal). Na internet: http://mostracenabreve.blogspot.com.
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