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Obra O Penélope O Recruta O Aranha, de Leonilson, integra a exposição no módulo Irrealismos | Reprodução
Obra O Penélope O Recruta O Aranha, de Leonilson, integra a exposição no módulo Irrealismos| Foto: Reprodução

Divisão

Veja quais são as seis subdivisões da exposição 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú:

A Marca Humana

Traz a primeira modernidade brasileira, que é focada no retrato. Artistas como Lasar Segall e Pancetti estão nesta fase.

Irrealismos

A figura humana e a paisagem ainda aparecem, mas em um tom mais poético, como em obras de Cícero Dias e Leonilson.

Modos de Abstração

Traz esculturas de Alfredo Volpi a Abraham Palatnik, passando por Sérgio Fingermann, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Amílcar de Castro, entre outros. Nesta divisão há um mergulho nos anos 1950, principalmente por conta da 1ª Bienal de São Paulo (1951).

A Contestação Pop

Obras que se inspiram na releitura de imagens de quadrinhos, fotografias de jornais e embalagens de produtos comerciais. Passeata de Protesto, de Antonio Dias, está nesta seção.

Linha da Ideia

Dividido em seis subgrupos, é retratado o pe­ríodo pós-moderno, que teve início na década de 1960.

Outros Modos, Outras Mídias

Reúne sete obras com diversos suportes, com audiovisuais, vídeo-instalação e holografia.

Percorrer 100 anos de arte brasileira não é tarefa simples, mas concretizou-se na reunião de obras da exposição 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú, que inaugura hoje, às 19 horas, no Museu Oscar Niemeyer (MON). Com curadoria do crítico Teixeira Coelho, o público poderá prestigiar obras de artistas como Lasar Segall, Cícero Dias, Leonilson, até suportes recentes, como instalações interativas. Junto com o curador, Daniela Thomas e Felipe Tassara assinam a expografia, e Carlito Carvalhosa a programação visual das três salas expositivas que a mostra ocupa, que, somadas, chegam a 1,5 mil metros quadrados.

Organizada pelo Núcleo Artes Visuais e Acervo do Itaú Cultural, todas as peças fazem parte da Coleção Itaú, que começou a tomar forma no início do grupo, há mais de 60 anos. "Não foi e não é fácil para qualquer curador fazer uma curadoria em uma coleção pré-existente. Uma das vantagens, normalmente, é poder escolher as obras que se encaixem na ideia do curador. Certa ou errada, é essa a prática hoje em dia. Quando já há uma definição, é necessário encontrar linhas que permitam organizar a exposição, e que ela esteja de acordo com a expectativa do público", enfatiza Coelho. Para isso, ele criou uma série de seis módulos (saiba mais no quadro ao lado), que funcionam como fio condutor para o visitante.

Teixeira acredita que a divisão mais didática faz-se necessária. "Não é algo equivocado esperar isso, pois há uma distância entre o público e as obras, as pessoas não são educadas para arte e cultura, isso não existe nos currículos, a educação no Brasil é bastante desculturalizada." No entanto, os agrupamentos não seguem exatamente categorias tradicionais (como do modernismo ao concretismo, por exemplo), mas, sim, de outras características. Na primeira parte da mostra, batizada de A Marca Humana, o curador mostra que o início da modernidade brasileira ainda é amplamente focado no retrato. "Nesse conjunto onde a figura humana ainda é referência estão artistas como Lasar Segall, Portinari e Pancetti, com um belíssimo autorretrato."

Outras mídias

Na última sala da mostra, no grupo Outros Modos, Outras Mídias, foram agrupadas sete obras em diversos suportes, como audiovisuais, experimentações digitais e a holografia O Arco-Íris no Ar Curvo, de Julio Plaza e Moysés Baumstein. "São obras que poderiam ser feitas em qualquer lugar e são distintas, mas foram reunidas no mesmo local, principalmente, por conta do espaço físico, que precisava ser diferente dos demais", explica Teixeira Coelho.

Serviço: 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú - Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico), (41) 3350-4400. Hoje, às 19 horas. Entrada franca na inauguração. 3ª a dom. das 10h às 18h. R$ 4 e R$ 2. Até 29 de julho.

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