O motorista de Yoko Ono tentou extorquir US$ 2 milhões dela chantageando-a com gravações de áudio e fotos embaraçosas, além de ameaçar matá-la, disse a promotoria na quinta-feira (14), quando o acusado foi indiciado por furto.
Koral Karsan, 50, foi preso na quarta-feira em sua casa, em Long Island, e permanecia detido na quinta-feira. Sua fiança foi estipulada em US$ 500 mil.
A tentativa de extorsão começou na sexta-feira, data do aniversário de 26 anos do assassinato de John Lennon, disse um representante da viúva do ex-Beatle.
"Há uma carta exigindo US$ 2 milhões. Ele ameaçou a vida da vítima, dos amigos e da família dela", disse a promotora Maureen O'Connor à juíza Tanya Kennedy, da Corte Criminal de Manhattan.
"Ele tem gente de prontidão para matar a mando dele", disse a promotora.
O advogado de defesa do motorista afirmou que seu cliente é inocente. "Vamos combater vigorosamente essas acusações", disse o advogado Patrick Kevin Brosnahan. Ele disse que há "outras questões" entre Karsan e Ono, mas não quis entrar em detalhes.
Quando foi preso, Karsan acusou Ono, 73, de assediá-lo sexualmente, afirmaram os jornais de Nova York. "Ela só está tentando evitar que eu entre com o processo por assédio sexual", disse o motorista a repórteres.
O representante de Ono, Elliot Mintz, chamou a acusação de "absolutamente mentirosa".
"O motorista tentou tirar US$ 2 milhões de Yoko alegando ter gravações de áudio pessoais, prejudiciais e embaraçosas de conversas que afirmava ter gravado no carro, e dizendo que tornaria esses materiais públicos se ela não pagasse", disse Mintz.
Segundo a imprensa nova-iorquina, as fotos mostravam Ono de pijama, e as gravações continham declarações dela criticando os governos norte-americano e britânicos, além de frases do filho, Sean Lennon, 31, falando mal do pai.
Ono ainda mora no mesmo prédio de apartamentos em Nova York diante do qual o marido foi morto, em 1980. O motorista disse a um outro funcionário de Ono que "vinha injetando veneno nela enquanto ela dormia -- e que podia tê-la matado na hora em que quisesse", disse uma fonte policial, de acordo com o "New York Daily News".
A promotoria divulgou um trecho da carta que Ono teria recebido de Karsan no dia 8. "Não só vou escrever sobre essas gravações como vou distribuí-las para emissoras européias", dizia a carta. "Saiba que vou me mudar definitivamente de volta para a Turquia e publicarei meu livro na Turquia, e distribuirei as cópias pela Internet a partir do Irã."
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