Quem diria que uma peça de teatro pode ser um presente de aniversário? No caso da atriz gaúcha Zica Stockmans, Memórias de uma Solteirona foi um brinde a si mesma pelos 20 anos de carreira. Como o nome indica, o trabalho é uma comédia, cujo texto foi inspirado em conversas com amigas "ao longo da vida" momentos em que todas davam muita risada e alguma delas acabavam dizendo que aquilo "daria uma peça".
Nesse balaio, há histórias reais e ficcionais, reunidos num só arquétipo: o de mulher em busca de marido. Seria difícil fazê-la sem cair em clichês, e Zica nem tenta. "Temos sim essas gags [tiradas para fazer rir], mas revisitadas", conta a atriz.
A solteirona Bernadete surge como uma mulher independente, boa vendedora, bem-humorada e sem dramas, mas para quem a vida sexual é um entrave. Na história, ela tem "pendências espirituais" com sua Tia Gérdebra que a forçam a permanecer virgem. Em sua cruzada para escapar de tamanha "maldição", ela recebe conselhos de sua melhor amiga, uma manicure que diz coisas de arrepiar os cabelos. Outra personagem é a guia espiritual Mãe Jurema, que deixa explícitos seus interesses comerciais.
Atriz
Todas elas são interpretadas por Zica, que mostra no palco a desenvoltura obtida em montagens de textos consagrados, como Navalha na Carne. Nessa incursão por histórias de mulheres com baixa autoestima, Zica se surpreende cada vez que uma plateia manifesta identificação com seu trabalho. "O espetáculo não tem a pretensão de levar as pessoas a se identificar, mas acaba prestando esse serviço", conta. Segundo ela, não só mulheres, mas homens também, costumam fazer elogios ao texto.
Serviço
- Memórias de uma Solteirona- Teatro Regina Vogue Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2.775), (41) 2101-8293- Dia 24, às 20h30- Ingressos devem ser retirados antecipadamente na Racon (Av. Visconde de Guarapuava, 3.070) em troca de 1 quilo de alimento não-perecível.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura