Teatro
Confira informações desta e de outras peças no Guia da Gazeta do Povo.
Este espetáculo é um daqueles cuja sinopse pode fazer pensar. "Uma viagem cênico-musical em torno das diversas formas em que a natureza se manifesta através do número quatro", Plenilúnio, do multiartista curitibano Luciano Fagundes, mescla linguagens como circo, teatro e música para provocar o público. A peça estará em cartaz neste sábado e domingo no Teatro do HSBC.
Você sabe que fase da Lua estamos vivendo? A que horas amanheceu hoje? De onde vem a água que você bebe? A partir de questões como essas, e de perceber que muita gente não sabe a resposta, o artista adotou a ideia do número quatro para falar sobre as manifestações da natureza: afinal, são quatro estações, operações, fases lunares...
Andarilho
Na trama, ele encarna um andarilho que viaja pelo mundo usando a arte para divulgar essas questões. Em cena, Luciano executa um solo em que atua, toca cravo (instrumento que domina desde que estudou música barroca) e utiliza algumas referências do circo.
Suassuna
Para completar o trabalho multiartístico, Luciano usa sua experiência com a dança ele é bailarino e coreógrafo e já trabalhou com caboclos, estilo de dança dramático da tradição ameríndia.
Outras alusões desse espetáculo musicado vêm da cultura popular nordestina. A direção de arte é de Dantas Suassuna, de Recife, filho do dramaturgo Ariano Suassuna, autor de O Auto da Compadecida e O Santo e a Porca.
"O Dantas achou todos os elementos do trabalho muito simbólicos", conta Luciano.
Antônio Nóbrega
Outro artista que influenciou Plenilúnio foi o músico Antônio Nóbrega, também de Recife, de cujo filme Brincante Luciano participou como dançarino e assistente. Também foi músico e dançarino dos espetáculos O Marco do Meio-Dia, Passo e Nove de Fevereiro, todos de Nóbrega, e com eles viajou para França, Alemanha, Portugal e outras regiões do Brasil. Quem sabe venha daí a inspiração para o personagem andarilho.
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