Centenas de pessoas homenagearam Carlos Gardel com flores, fotografias e tango em frente do túmulo do artista no cemitério de Chacarita, em Buenos Aires. A multidão se reuniu na última quarta-feira (24), data que marcou os 80 anos da morte do artista ocorrida em um acidente de avião.
O túmulo de Gardel ficou coberto de flores, imagens fotos e charutos – como os que o cantor costumava fumar – que os fãs deixaram aos pés da estátua de um ídolo que definiram como “imortal” e “fora do comum”.
Gardel morreu há 80 anos, mas mito vive na Argentina
Museu argentino expõe objetos e documentos originais inéditos a respeito do grande nome do tango, entre eles os destroços do avião em que morreu
Leia a matéria completaA área do cemitério de Chacarita na qual estão situados os restos do artista se transformou em um autêntico palco para os que se encorajaram a dançar tango com um desconhecido ou com os chamados “Gardeles” – homens vestidos com chapéus e lenços que não paravam de cantar suas canções.
O único momento no qual deixaram de soar os violões e as vozes foi às 18h em ponto, a hora em que ocorreu o acidente, em 1935.
“A voz de Gardel é algo tão grande que parece nos guiar”, afirmou José “Pepe” Blotta, membro do Centro de Estudos Gardelianos que organizou o ato comemorativo.
Com ele concordou o “gardeliano” mais veterano, Juan Dirrosa, que, aos 94 anos e apesar das dificuldades para caminhar, não pôde faltar ao evento e se despedir mais uma vez de seu ídolo, aquele a quem deu seu primeiro adeus há 80 anos no velório que aconteceu no Luna Park de Buenos Aires.
“Ele foi sozinho ao enterro e a família inteira achou que ele tinha se perdido”, conta o irmão, Pedro Dirrosa, que tinha então apenas 3 anos, mas lembra perfeitamente como seu pai ficou chateado.
O mais novo dos Dirrosa equipara a fama de Gardel com a de Maradona, mas ressalta que o primeiro consegue manter intacta sua lembrança, algo “fora do comum” que o faz “chorar de alegria”.
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