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Grupo suíço revisita 37 anos de carreira terça-feira no Guairão | Divulgação
Grupo suíço revisita 37 anos de carreira terça-feira no Guairão| Foto: Divulgação

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A companhia suíça Mummen­schanz pode não desfrutar da mesma fama que o canadense Cirque du Soleil. Mas esses europeus são igualmente arrebatadores de plateias. E respeitados como uma das referências máximas em sua técnica, o teatro de animação, que começaram a desenvolver 37 anos atrás. As melhores cenas criadas nessas últimas décadas estão reunidas no espetáculo The Best of Mum­­men­­­schanz, que o grupo apresenta terça-feira (24), às 21 horas, no Guairão, como parte da turnê que começou no Rio de Janeiro, esteve em São Paulo, e segue daqui para Salvador, Brasília e Porto Alegre.A marca registrada do Mum­­menschanz, além do humor, é fa­­zer objetos inanimados se materializarem em cores e movimentos no palco escuro. Materiais inertes ganham vida a partir do corpo dos integrantes do grupo, prescindindo das palavras ou de música. São como abstrações: a dança dos cu­­­bos no ar, a contorção de canos e a ondulação do plástico se tornam bre­­­ves histórias, pequenos delírios que abrem o portal do cotidiano realista para um universo fantasioso. Até papel higiênico já foi usado como matéria-prima pelos artistas, que apostam na simplicidade dos objetos valorizados pela iluminação, sem apelar para recursos tecnológicos complicados.

O nome Mummenschanz foi tirado de máscaras usadas antigamente para esconder as emoções de jogadores durante partidas de cartas. Como eles, os integrantes do grupo ocultam a face – e transfiguram o corpo em volumes novos, que, estes sim, têm a missão de emocionar as plateias.

Quem quer que tente definir o grupo, fundado em 1972 pelo trio de estudantes de arte Flo­­ria­na Frassetto, Bernie Schürch e An­­dreas Bosshard (sua morte em 1992 foi um baque para eles, que voltaram a ativa em seguida com novos integrantes), cai em uma aglomeração de gêneros: mímica. comédia dell’arte. circo. performance. Um teatro visual, ou gestual, para todas as idades e públicos – da Oceania à Ame­­rica. Essa combinação foi testada nas ruas, experimentando o que era necessário para que as pessoas parassem o que faziam e lhes concedesse sua atenção, e obteve visibilidade, primeiramente, no renomado Festival de Avig­non, na França. Nos anos 70, eles já ga­­nhavam o mundo.

Foi ainda naquela década que estiveram pela primeira vez no Brasil, poucos anos antes de serem convidados a ocupar com seus objetos silenciosos e animados um teatro na Broadway, onde permaneceram em cartaz por quatro anos a partir de 1979. Depois de uma nova passagem por terras brasileiras em 2004, com o espetáculo Next, sobre a evolução da espécie, a companhia retornou em 2006 para apresentar, em sete cidades, a montagem 3x11, na qual já propunham uma retrospectiva de sua carreira, colando idéias de espetáculos e tempos diversos. Bernie Schürch então comparou o seu trabalho ao de "um escultor" de formas "vivas". Atual­­mente, o grupo mantém uma sede nos Estados Unidos e outra na Suíça, e passa metade do ano viajando pelo mundo.

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