A supermodelo Kate Moss e a atriz Sarah Jessica Parker estiveram entre as figuras da elite do mundo da moda que participaram de uma cerimônia religiosa na Catedral St. Paul, nesta segunda-feira, em memória do estilista britânico Alexander McQueen.

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McQueen cometeu suicídio em fevereiro, aos 40 anos de idade, pouco após a morte de sua mãe. Ele tomou um coquetel de cocaína, tranquilizantes e soníferos antes de enforcar-se em seu apartamento em Londres, concluiu um inquérito policial.

"Eu o amava", disse à Reuters Kate Moss diante da catedral onde os britânicos já choraram a morte de figuras nacionais como Horatio Nelson e Winston Churchill, além de celebrar o fim de duas guerras mundiais."

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McQueen foi um dos estilistas mais provocantes e reverenciados do mundo. Os desfiles de suas coleções "Highland Rape" e "Dante" foram considerados clássicos.

A editora-chefe da Vogue americana, Ann Wintour, fez um discurso em tributo a McQueen, falando da personalidade volátil e do talento genial de um garoto vindo da zona leste pobre de Londres que chegou aos níveis mais altos de estrelato no mundo da moda.

Usando asas gigantes de anjo e um elmo dourado, a cantora islandesa Bjork apresentou uma canção melancólica chamada "Gloomy Sunday", que fala na primeira pessoa sobre a decisão de "pôr fim a tudo."

Em seguida, tocadores de gaita de fole trajando saias xadrez escocesas tocaram diante da catedral, enquanto os convidados, amigos, celebridades e familiares de Alexander saíram da igreja.

"Acho que Alexander teria adorado cada minuto (da cerimônia)," comentou Hilary Alexander, diretora de moda da revista Telegraph, ao deixar o memorial.

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Nascido em um bairro de classe operária de Londres, McQueen deixou a escola aos 16 anos e conseguiu tornar-se aprendiz da empresa tradicional de alfaiates Anderson and Sheppard, de Savile Row. Ganhador do prêmio Estilista Britânico do Ano, ele acabou conquistando um mestrado em design de moda da prestigiosa Faculdade Saint Martins de Arte e Design, de Londres.

Ele possuía a capacidade de chocar, sua coleção de outono/inverno 1995 "Highland Rape" (Estupro nas Highlands - as montanhas da Escócia), com modelos desgrenhadas trajando roupas rasgadas, foi vista como um exemplo clássico disso.

No ano seguinte, McQueen foi nomeado estilista-chefe da maison de alta-costura parisiense Givenchy.

Sua primeira coleção para a maison francesa não foi um sucesso. Mas ele acabou por criar grife própria e tornar-se parte do grupo de marcas Gucci, pertencente ao grupo francês de varejo e luxo PPR.

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