Irises (1889), pintura do holandês Van Gogh| Foto: Reprodução

4,6 mil obras podem ser baixadas no site do museu J. Paul Getty e reproduzidas em livros, revistas, pôsteres ou outros materiais de suporte, sem quaisquer restrições ou cobranças.

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Desenho de autoria do austríaco Gustav Klimt
Desenho do alemão Albrecht Dürer
Fotografia de 1933 feita por Walker Evans
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Imagens de desenhos do austríaco Gustav Klimt (1862-1918), pinturas do holandês Van Gogh (1853-1890) e aquarelas do alemão Albrecht Dürer (1471-1528) estão entre as obras liberadas para uso geral desde o último dia 12 pelo museu que possui os originais desses artistas, o J. Paul Getty, na Califórnia (EUA).

A instituição anunciou seu novo programa de abertura de conteúdo que envolve 4,6 mil obras em imagens de alta resolução para download em seu site. A coleção tem reproduções de pinturas e desenhos e fotografias de arquitetura, esculturas e joias.

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É o caso mais recente de arquivo ou museu que libera seu acervo e o disponibiliza em imagens que podem ser reproduzidas em livros, revistas, pôsteres ou outros materiais de suporte, sem quaisquer restrições ou cobranças.

Abertura progressiva

Um estudo publicado em junho pela fundação norte-americana Andrew W. Mellon, preparado pela pesquisadora Kristin Kelly, lista as políticas de acesso ao conteúdo e a progressiva abertura de 11 museus e bibliotecas de prestígio, entre eles Metropolitan, Morgan Library, Universidade de Yale e National Gallery of Art, nos EUA, e Museu Britânico e Victoria and Albert Museum, na Inglaterra.

O movimento em direção à abertura indica que as instituições buscam revalorizar sua missão de difusão cultural. Ampliar o acesso ao material que está sob sua custódia é vital para o entendimento público da arte e da própria função dos museus.

Nessa linha, o holandês Rijksmuseum, de Amsterdã, tem colocado a criatividade e o marketing para promover a interação entre o público e o seu patrimônio valioso, que conta os 800 anos da história holandesa e tem como destaques A Ronda Noturna, de Rembrandt (1606-1669), e as telas A Leiteira e Mulher Lendo Carta, de Vermeer (1632-1675).

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Do seu grande acervo, estimado em 1 milhão de peças, estão livres para download cerca de 125 mil imagens, com previsão de adição de 40 mil novas imagens por ano.

Estúdio virtual

Desde outubro de 2012 está no ar no site do museu um estúdio virtual (Rijksstudio), que recebeu três prêmios na conferência de museus da web neste ano, em Portland, nos EUA.

No site é possível copiar imagens do acervo, ampliar e isolar detalhes, criar uma coleção própria, inserir palavras-chaves para organizá-la, exercitando uma curadoria virtual, e obter cópias para serem impressas em casa.

O site também faz recomendações técnicas para outros tipos de impressão e abre uma janela para que o público conte suas experiências.

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Para imprimir imagens em capinhas de silicone de tablets e telefones, por exemplo, o museu indica um birô virtual especializado, facilitando o trabalho.

Para testar o projeto do estúdio virtual em uma abordagem pop, o museu chamou o Droog Design – coletivo que revigorou o design holandês a partir dos anos 1990 – para criar produtos baseados em suas obras.

Os designers da Droog usaram um quadro do pintor Jan Davidsz de Heem (1606-1684) como modelo para uma tatuagem plástica, que pode ser comprada nas lojas da Droog ou no site (cerca de 4 euros).

Em abril, na semana de design de Milão, a Droog mostrou outros objetos feitos sobre imagens do acervo do museu: talheres, pratos, uma toalha de mesa e uma réplica de plástico branco de uma peça decorativa do século 16, desenhada pelo ourives alemão Wenzel Jamnitzer.

O Rijksstudio acaba de bater a marca dos 100 mil perfis criados, ao mesmo tempo em que o museu comemora o primeiro milhão de visitantes desde a reabertura do prédio, dia 13 de abril.

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O museu também está explorando o tema na sua área educativa. Em um dos cursos oferecidos, que começa em outubro próximo, os estudantes são convidados a desenvolver um projeto de produto baseado em alguma obra do acervo, usando impressão 3D e corte a laser. A chamada para o curso anunciado termina com a sugestiva frase: "Bem-vindo ao futuro do passado’’.