Música antiga é destaque na Oficina

Os concertos dos professores do núcleo de música antiga da Oficina de Música de Curitiba vêm sendo atrações disputadas nos últimos anos devido ao alto nível dos convidados, que são considerados alguns dos maiores especialistas em seus instrumentos e nas obras do período histórico entre a Idade Média e o Renascimento.

Estes intérpretes lançam mão da chamada "performance historicamente informada" (historically informed performance, em inglês), que leva em conta as formas de tocar correspondentes ao período em que as obras foram escritas, e muitas vezes utilizam instrumentos de época como as cordas de tripas de animais nos violinos, por exemplo.

A primeira destas apresentações acontece neste sábado, na Capela Santa Maria – e é preciso correr, já que este é o tipo de atração que deixa muita gente em pé no teatro e ainda mais gente do lado de fora.

O violinista e diretor artístico do núcleo de música antiga Rodolfo Richter se une a professores da Oficina no programa Stylus Phantasticus, que se refere a um estilo do início do período barroco.

Richter e Nicholas Robinson (violinos), Claire Fahy (viola), Juan Manuel Quintana (viola da gamba, Paolo Zuccheri (violone), Dolores Costoyas (teorba e guitarra barroca) e James Johnstone (cravo), junto com Maria Cristina Kiehr (soprano), Rodrigo del Pozo (tenor), Rachel Brown (flauta), Diego Nadra (oboé), Tomasz Wesolowski (fagote), Robert Farley (trompete), apresentam obras dos compositores tchecos Heinrich Ignaz Franz Biber (1644-1704) e Jan Dismas Zelenka (1679-1745) e de outros nomes do período como o austríaco Johann Heinrich Schmelzer (c. 1620–1623–1680).

Clarinetes

Também no sábado, às 18h30, no Teatro do Paiol, um programa que vem sendo apresentado desde o ano passado é outro destaque. O concerto Obras para Cordas e Sopros reúne o clarinetista Marcelo Oliveira, Maria Ester Brandão (primeiro violino), Alexandre Brasolim (segundo violino), Alexandre Razera (viola), Maria Alice Brandão (violoncelo)e Rodrigo Oliveira (piano) na apresentação do Quinteto para Clarinete e Cordas, Op. 115, de Johannes Brahms (1833-1897), e Abertura sobre Temas Hebreus, Op.34, de Serguei Prokofiev (1891-1953) – ambas obras importantes para clarinete inspiradas por instrumentistas notáveis da época de suas composições.