O que me atraiu [na música eletroacústica] foi a possibilidade de ouvir o que está ao redor e transformar em peça musical.
Pouco difundida, a música eletroacústica nasceu no fim da década de 1940 como um movimento de vanguarda, que tinha por objetivo subverter a ideia de música convencional. Utilizando todo tipo de som, a música não obedecia a modelos de escala e ritmo, criando arranjos fora dos padrões.
Marcus Neves trabalha com música eletroacústica desde 2006, quando cursava a faculdade de música e conheceu a vertente. “O que me atraiu foi a possibilidade de ouvir o que está ao redor e transformar em peça musical”, conta.
Como exemplo, ele cita sua mais recente composição, que nasceu do som do atrito com um copo de vidro, enquanto lavava louça.
Para Felipe Mendes, a música eletroacústica rompe com dois paradigmas: o intérprete e a partitura, já que não há uma execução ao vivo nem uma composição escrita. E como o público em geral reage a essa experimentação? “O mais comum é elas associarem a trilha de filme, o que é algo positivo. Mas é um estilo que precisa ser analisado com uma audição mais preparada”, reconhece.
Por enquanto, a música eletroacústica está mais restrita ao meio acadêmico e aos festivais especializados. “Esperamos que com esse novo espaço [a arena acusmática] o estilo seja mais difundido”, diz Mendes. (AG)
Em recado ao STF, Alcolumbre sinaliza embate sobre as emendas parlamentares
Oposição quer comando da comissão de relações exteriores para articular com direita internacional
Lula abre espaço para Lira e Pacheco no governo e acelera reforma ministerial
Trump diz que “definitivamente” vai impor tarifas à União Europeia
Deixe sua opinião