A aparência frágil de Omara Portuondo contrasta com a voz sonora que a transformou em uma estrela em Cuba antes de conquistar fama internacional com o Buena Vista Social Club numa idade em que muitos se aposentam.
O lendário grupo se despedirá do público com “Adiós Tour”, sua última turnê mundial. Mas a cantora de 85 anos, que exerce sua arte desde os 15, não está pronta para deixar os microfones.
“Nenhum de nós imaginou o enorme êxito do Buena Vista Social Club, conseguimos o que nunca sequer teríamos sonhado”, disse em entrevista à AFP antes de se apresentar nesta quinta-feira (10) em Hong Kong. “A música é a minha vida e não deixarei de cantar.”
Já são 20 anos desde que, por uma casualidade do destino, o guitarrista americano Ry Cooder e o astro cubano Juan de Marcos González incentivaram grandes nomes da época de ouro da música cubana a se reunir para produzir um disco.
O álbum, gravado em apenas seis dias, chamado “Buena Vista Social Club” em homenagem a um clube privado de Havana que fechou as portas após a Revolução cubana, foi um grande êxito.
Foram vendidos milhões de cópias e o filme homônimo do cineasta alemão Wim Wenders sobre esta aventura não fez mais que propulsionar a música cubana na cena internacional.
O Buena Vista exportou também uma visão pitoresca de uma ilha que vivia praticamente isolada após a revolução de 1959.
Para a geração que chegava à idade adulta nos anos 1990, era uma forma de descobrir uma Cuba muito diferente da imagem associada aos comunistas nos países ocidentais.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura