No último sábado, o alemão Allie (“pop calmo”) tocou no Teatro do Paiol, em Curitiba (R$ 15 e R$ 30). Foi a última tacada do ano da Fineza Comunicação e Cultura, em parceria com a Santa Produção. Quem está à frente da coisa é Heitor Humberto, vocalista da Banda Gentileza.
“Produzi oito shows no Paiol neste ano e todos deram prejuízo”, diz o músico. Pélico foi visto por 45 pessoas; Romulo Fróes, por 75. E menos de cem estiveram no show de Jair Naves (Prêmio Revelação de 2013 pela APCA). Neste caso, o nicho não encontrou seu público em Curitiba, apesar da relevância relativa dos artistas.
Santo de casa faz milagre
Artistas de Curitiba vivem jornada dupla para produzir shows de outras bandas na cidade; amor pela música desafia o prejuízo quase certo
Leia a matéria completa“É um misto entre paixão e utilidade. São shows difíceis de ver por aqui”, explica Humberto, que começou a produzir em 2006, quando trouxe a banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju – e na sequência Apanhador Só e Supercordas. “Eles ficavam na minha casa, foi tudo amador, mas serviu de aprendizado.” Garotas Suecas, Jingle Bells, Maglore e Curumin estão em seu portfólio.
“Dá prejuízo na maioria das vezes, é cansativo e ingrato. Mas continuo fazendo. É meio viciante. Acho que todo produtor é meio masoquista.” Para o ano que vem, as produções continuam no Paiol. Serão dez shows de artistas nacionais e internacionais. (CC)
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