O cantor Alceu Valença se apresenta na Ópera de Arame nesta sexta-feira (30), às 21 horas. O artista pernambucano vai cantar os maiores sucessos de seus mais de 40 anos de carreira, acompanhado por uma banda formada por Paulo Rafael (guitarra e violão), Tovinho (teclados), Nando Barreto (baixo) e Cássio Cunha (bateria).
É um show mais “pesado”, conforme explica Alceu. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele conta que tem outros sete tipos de apresentação na manga (uma delas, acústica, passou pelo Teatro da Caixa em novembro de 2014).
“No Carnaval, canto músicas de Carnaval. Quando é São João, canto baiões, e aí vira outro Alceu. Com a Orquestra Ouro Preto [show ‘Valencianas’], não me levanto nenhuma vez, fico parado no meu canto, como se fosse um cantor lírico. E ainda tem um show para quando me chamam para festivais de rock”, enumera o artista, lembrando, aos risos, de ter visto moças tirando as blusas durante sua apresentação no festival Psicodália, em Rio Negrinho (SC).
Sucessos
O show na Ópera de Arame é um espetáculo de sucessos, tocados nos marcos do estilo com o qual Alceu Valença abriu espaço na música brasileira sobretudo a partir dos anos 1980: fincado na tradição nordestina, mas com sonoridade de rock.
“Tenho a mesma idade sempre.”
Não devem faltar canções como “Anunciação”, “Tropicana”, “Pelas Ruas Que Andei” e “La Belle du Jour”.
“Foi um cara do New York Times e Luiz Gonzaga os que melhor souberam definir a minha coisa. O cara do Times disse que era o rock que não era rock. E Gonzaga disse que era uma banda de pife elétrica”, conta Alceu, sacando uma das histórias bem-humoradas que surgem em profusão nas suas falas.
Memórias de Curitiba
Sobre Curitiba, as memórias incluem uma apresentação no fim dos anos 1970 com Jackson do Pandeiro, para quem Alceu compôs “Coração Bobo” – também presente na apresentação junto com a homenagem “O Canto da Ema”. Alceu também se lembra de ter tocado no Teatro do Paiol, de ter conhecido Paulo Leminski e de ter jogado basquete em um campeonato juvenil nos anos 1960.
“Eu vivo nos três tempos – passado, presente e futuro ao mesmo tempo”, conta o músico, que recentemente também se lançou na carreira de escritor e diretor de cinema. “Tenho 18 anos. As pessoas às vezes perdem o gosto pela novidade, pelo confronto. Eu não. Então tenho a mesma idade sempre”, diz.
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