No próximo domingo (6), a banda irlandesa U2 fará o primeiro de dois shows em Paris, cancelados no mês passado após os ataques terroristas que mataram 130 pessoas na capital francesa.
Ao “The New York Times”, o guitarrista Edge falou sobre a tragédia. “Algumas das nossas canções da década de 80 sobre os eventos na Irlanda subitamente ganharam um novo significado e uma conexão a esses terríveis acontecimentos em Paris.”
“Terrorismo depende de as pessoas terem medo, e nós não teremos”
O vocalista Bono Vox contou ter oferecido seu avião à banda Eagles of Death Metal após os ataques à casa de shows Bataclan, onde se apresentavam. O grupo não precisou da ajuda, mas recebeu novos celulares de presente do músico após perderem os seus no atentado.
“Jesse [Hughes, vocalista] me narrou cada momento. Eles precisam de aconselhamento real, apesar disso, não de um astro do rock irlandês bem intencionado. Estresse pós-traumático é um problema real para as pessoas que passam por essas coisas. Eles ficarão bem, mas foi horrível”, disse Bono.
De volta
Quando os atentados começaram, o U2 se apresentava na arena AccorHotels, em Paris, de onde foram evacuados. O grupo prestou homenagem às vítimas dos ataques ao visitar o Bataclan.
“Terrorismo depende de as pessoas terem medo, e nós não teremos”, declarou a respeito dos shows remarcados. “Nós acreditamos que a maior contribuição que podemos fazer em um momento como esse é honrar as pessoas de Paris, que nos trouxeram o conceito de liberdade, igualdade e fraternidade.”
Bono ainda foi mais longe em sua crítica ao terrorismo:
“O Estado Islâmico e esses extremistas são um culto de morte. Nós somos um culto de vida. Rock-and-roll é uma força vital, uma alegria e um ato de provocação. Isso é o que o U2 é, o coração da nossa banda e da nossa audiência.”
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