Página inicial do site.| Foto: /Reprodução

Apaixonado por uma banda, mas tímido demais para compartilhá-la no Facebook? Fans, uma nova plataforma na internet, espera construir um nicho no disputado mundo das redes sociais, tendo como alvo os loucos por música.

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O site, acessível pelo endereço fans.com, permite aos amantes de música compartilharem dados sobre shows, trocarem histórias e navegarem por um banco de dados que já reúne cerca de cinco milhões de shows concluídos.

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A plataforma, o último projeto do empresário musical Peter Shapiro, espera se tornar a rede social de referência para os fãs da música e funcionar como complemento para o Facebook e outras redes sociais.

“Não sei se quero que minha avó saiba disso”

Jeff Caldwell, diretor de desenvolvimento do Fans, afirma que o mundo das redes sociais está muito fragmentado para os amantes de música que seguem uma variedade de bandas e artistas, ou que querem separar seu lado de fã do resto da sua vida digital.

“As pessoas querem falar da sua paixão de uma maneira diferente da que fazem no Facebook”, diz Caldwell. “Se eu vi ontem um show do Slayer ou do Gwar [bandas de heavy metal], não tenho certeza de que quero que meus colegas ou minha avó saibam disso”.

O site permite que os usuários publiquem conteúdos com pseudônimos, que estarão visíveis para todos os fãs do mesmo artista.

Contracultura

Caldwell considera que fans.com é uma excelente forma de iniciar conversas sobre bandas velhas ou casas de show icônicas que já não existem.

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No ano passado, Peter Shapiro esteve por trás da que foi considerada a última turnê da banda de rock americana Grateful Dead, cujos fãs, os famosos “Deadhead”, estão entre os mais devotos do mundo da música.

Esse tipo de bandas símbolo da contracultura são as que têm feito mais sucesso no fans.com, que foi lançado há menos de uma semana.

Na terça-feira, o Grateful Dead e a banda considerada como sua sucessora, Phish, contavam cada uma com mais de 12.500 fãs cada.

Em comparação, uma artista pop como Katy Perry, a usuária mais popular do Twitter, onde tem 92 milhões de seguidores, tinha apenas 300 fãs na nova plataforma.

O site abrange fãs de todos os gêneros musicais, mas Jeff Caldwell afirma que os “Deadheads”, célebres nas décadas de 1960 e 1970 por viajarem o quanto podiam para ver os shows e por compartilharem gravações piratas das apresentações da banda, eram um ponto de partida lógico.

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“Acreditamos que esta é a comunidade mais difícil de agradar. Se conseguimos acertar com eles, quer dizer que isso pode funcionar em diferentes áreas”, disse.