Andrea Bocelli faz o último show de sua passagem pelo Brasil nesta quarta-feira (19), na Arena da Baixada.
O tenor italiano sobe ao palco às 21 horas para cantar seus principais sucessos e canções de seu álbum mais recente, “Cinema” (2015), em que regravou músicas de filmes clássicos.
Haverá uma apresentação de abertura com o também tenor italiano Davide Carbone, às 20h20.
OPINIÃO: Sem refinamento, Andrea Bocelli é apenas um produto de marketing
Ainda há ingressos para a maioria dos setores, exceto “Prata” e “Arquibancada Superior Frontal” – a opção mais barata. A cota de meia-entrada está esgotada para os lugares mais caros. Os valores variam entre R$ 300 a meia-entrada e R$ 1.700 a inteira (veja o serviço completo abaixo).
Apresentação
Quem é quem
Davide Carbone
Afilhado musical de Bocelli, o cantor de Milão já havia dado uma palhinha nos shows do artista no Brasil em 2012.
David Walter Foster
Arranjador e produtor canadense, trabalhou com estrelas de várias vertentes do pop . Já havia produzido “Passione” (2013) e assina “Cinema”.
Eugene Kohn
O pianista e maestro norte-americano é o diretor musical de Bocelli. Além do italiano, trabalhou com nomes como Plácido Domingo.
Caroline Campbell
A violinista norte-americana (foto) se divide entre a carreira erudita e trabalhos com astros pop como Bocelli, Barbra Streisand, Rod Stewart e Sting.
Maria Aleida
A soprano cubana, que tem carreira internacional como cantora de ópera, reforça os duetos de Bocelli.
O show tem duas partes. Uma se concentra em árias de óperas e peças do repertório clássico como “Ave Maria”, de Schubert, e a desafiadora “Nessun Dorma”, de Puccini, em que o tenor explora sua potência vocal (leia a opinião do compositor e musicólogo Harry Crowl sobre o cantor).
A outra passa por músicas do novo trabalho de Bocelli e relembra seus principais hits, como “Con te partirò” e os duetos “Canto della Terra” e “Vivo Per Lei” – em Curitiba, com a participação da cantora Anitta, que dividiu o palco com o tenor no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 12.
A polêmica dos duetos
O convite à cantora deu o que falar. Anitta é uma artista pop surgida do funk carioca, um estilo com rejeição alta entre o público de gêneros mais tradicionais como o de Bocelli – que canta música romântica italiana, tem um pé na ópera e se apresenta com instrumentação orquestral (no Brasil, ele é acompanhado pelo Coro e Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob regência de Eugene Kohn).
A performance da convidada em São Paulo, como era esperado, foi criticada – até vaiada, segundo relatos de quem acompanhou o show. Mas também parece ter surpreendido parte do público, que, segundo os mesmos relatos, acabou aplaudindo a cantora. Quem quiser saber o que esperar pode encontrar registros da apresentação no YouTube.
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Falha
Errado mesmo deu a participação de Paula Fernandes no show seguinte, no dia 13: a cantora mineira cantou apenas os primeiros versos de “Vivo Por Ella” e se calou nas partes seguintes em que Bocelli divide os vocais com uma voz feminina. A artista explicou mais tarde que as partes que não cantou eram de responsabilidade de outra cantora, uma soprano, que canta em uma região vocal além da sua.
A impressão de que havia deixado o tenor italiano “no vácuo”, no entanto, acabou colando. O episódio foi considerado um vexame e a discussão acalorada nas redes sociais deu uma amostra de que o fenômeno comercial italiano , que já vendeu mais de 70 milhões de discos pelo mundo, tem muitos fãs apaixonados no Brasil.
Antes de Curitiba, a passagem do tenor italiano pelo Brasil ainda incluiu uma apresentação gratuita no Santuário Nacional em Aparecida (SP), em que dividiu vocais com o sertanejo Daniel.
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