Donavon Frankenreiter: “Ópera de Arame parece o palco mais lindo do mundo”

Donavon Frankenreiter nunca pisou na Ópera de Arame, mas, pelo que viu em fotos, diz que o local, onde se apresenta nesta terça (24), às 21 horas, “parece o palco mais lindo do mundo”. O cantor californiano, mais conhecido pelos hits “Free” e “It Don’t Matter” já esteve três vezes no Brasil, inclusive em Curitiba, no extinto festival Lupaluna. “Quando você toca em um lugar tão lindo como a Ópera de Arame é fácil trazer as vibrações da praia para o palco”, derrete-se ele pela capital paranaense.

Em sua quarta turnê pelo Brasil, Donavon já tocou neste ano no Rio de Janeiro (RJ) e Balneário Camboriú (SC) e, depois de Curitiba, se apresentará em Juiz de Fora (MG), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).

Também surfista profissional, Frankenreiter conta que pega onda em praias brasileiras há 20 anos. “É um lugar muito especial com algumas das mais incríveis praias do mundo”, diz. Em Curitiba, o músico, descoberto e produzido por outro expoente da surf music, Jack Johnson, se apresenta junto da banda de punk reggae Slightly Stoopid, também da Califórnia, na festa Popload Gig.

Com 20 anos de estrada, a Slightly Stoopid, fundada pelos multi-instrumentistas Miles Doughty e Kyle McDonald, já gravou oito discos, o mais recente deles “Meanwhile... Back at the Lab”, lançado em 2016, que alcançou o terceiro lugar na lista dos melhores discos alternativos do ano da revista Billboard. O som da banda mistura punk, reggae, hip-hop, funk e blues.

Para esta turnê que chega em Curitiba, Donavon Frankenreiter traz canções do álbum “The Heart“, lançado em 2015, que marca uma nova fase na carreira do cantor, que vive no Havaí com a família. “Todas essas músicas estão tão próximas de mim cantando do coração quanto eu posso”, diz o músico. “É um álbum completo. As músicas são entrelaçadas. Tive que chamá-lo de ‘The Heart’ (“o coração”, em inglês) porque esse era o tema do disco”, afirma.

Parte da inspiração para o álbum veio do compositor Grant-Lee Phillips, com quem Frankenreiter colaborou no disco “Pass It Around”. O californiano enviou melodias a Phillips e, conta, ficou “atônito com o brilhantismo das letras”, especialmente uma sugestão em particular.

“Grant me disse : ‘Você deve fazer o disco mais íntimo e honesto que você já fez’. Então essas músicas são simples, íntimas e honestas, elas não são atrevidas. Eu adoro escrever canções positivas e músicas felizes, mas temos algumas mais para baixo aqui. Sinto que é onde estou agora, aos 42 anos. Todas essas músicas significam muito para mim. Elas vêm do coração”, diz Frankenreiter.