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Com o violão nas costas, Chris Cornell leva sua música mais longe. | Divulgação/
Com o violão nas costas, Chris Cornell leva sua música mais longe.| Foto: Divulgação/

Líder de algumas das bandas mais ruidosas dos últimos 30 anos, como Soundgarden, Audioslave e Temple of the Dog, o músico Chris Cornell se transformou em um trovador solitário nas últimas duas década.

Sozinho com seu violão, Cornell conseguiu se apresentar em espaços intimistas em que talvez suas bandas não tocassem, como o tradicional Royal Albert Hall, em Londres.

Será assim, só com a voz e o violão acústico, que Cornell irá se apresentar no próximo dia 09 de dezembro, na Ópera de Arame em Curitiba.

O show é um dos últimos da turnê mundial “Higher Truth” que começou no final do ano passado quando o músico lançou o álbum homônimo e que termina no dia 14 de novembro em Buenos Aires.

No palco, o músico costuma interagir com a plateia e aceitar pedidos dos fãs para tocar musicas próprias e covers.

Sobre sua mudança de comportamento, de band leader para o “cara do violão”, Cornell disse que foi uma escolha.

“Eu estou nessa de compor músicas há 30 anos e queria saber se era possível conseguir eu reunir tudo o que fiz e entreter uma plateia por suas horas só com o violão e a voz. Não é fácil, você tem que ter alguma coisa pra dizer”.

Chris Cornell “Tuenê Mundial The Higuer Truth”

Sexta-feira, 09 de dezembro às 22h

Ópera de Arame (Rua João Gava, 874 - Pilarzinho)

Ingressos: de R$ 225 a R$ 650

Cornell diz que precisava desta experiência para se tornar “um músico completo”. Ele conta que o formato mais enxuto, mudou sua carreira e lhe deu o que mais preza: liberdade.

“Fica mais fácil para viajar. Um cara com um violão nas costas pode levar sua música mais longe”.

Nos dias atuais, pode até ganhar o prêmio Nobel de Literatura como aconteceu a Bob Dylan, exemplo mais bem acabado do compositor que defende as próprias criações.

“Foi um reconhecimento para a letra da canção como gênero literário. E se era para ser assim, o prêmio só podia ser dado a Dylan”.

Para show em Curitiba, Cornell não estará totalmente sozinho. Em algumas músicas, ele é No palco, ele é acompanhado por Bryan Gibson, produtor, violoncelista e parte do duo “The Waking Hour”, que toca piano em algumas canções e o acompanhamento em outras.

Cornell disse que mostrar boa parte de suas novas canções do seu elogiado novo álbum. Mas também vai cantar músicas de todas as bandas e fases de sua carreira. Músicas originalmente pesadas e barulhentas, em versões acústicas. Além de alguns covers que considera importantes como “Nothing Compares 2U”, de Prince, ou “Billie Jean”, de Michael Jackson, e outros que possam surgir na hora do show.

Grunge e Cinema

Nascido em Seattle, Cornell foi um dos cabeças daquilo que ficou conhecido como “movimento grunge”, a explosão de bandas da sua cidade que mudou o rock no inicio dos anos 1990.  Entre seus colegas de geração, já houve muitas baixas e saídas de cena.

Cornell, porém, resiste com um material novo muito elogiado, em boa forma física e com sua voz preservada, mesmo que sem a extensão e potência que o deixaram famoso no início da carreira.

“Eu estou vivendo de forma tranquila. Pegando leve, convivendo com os meus filhos. Cuido obviamente da minha voz, mas a voz de um cantor não é um instrumento, ela vai mudando com o tempo”.

Fã de cinema, Cornell é amigo e parceiro em uma das músicas de seu novo álbum do cineasta Cameron Crowe, diretor do filme “Vida de Solteiro”, que tem como pano de fundo a Seattle de 1992.

O músico, que já fez trilhas para filmes, disse que cogita dirigir um filme, mas por enquanto curte fazer clipes, como o de sua nova música “Nearly Forgot My Broken Heart”, em que cita vários filmes clássicos do faroeste.

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