Festival que harmoniza vinho e música terá bandas “inesperadas” de jazz

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Três bandas internacionais, duas apresentações de tango e 18 rótulos de vinho são as principais atrações do primeiro Festival de Vinho e Jazz que acontece em Curitiba, nesse sábado (2). Em única apresentação na Ópera de Arame, o público poderá gozar de três apresentações muito diferentes do ritmo cunhado por Louis Armstrong.

Com ingresso a R$ 260 (inteira) para assistir Christian Brenner (França), Shuffle Demons (Canadá), David Bennett Cohen Blues Band (Nova Iorque) e ainda shows de tango e apresentações de saxofone (André Ribas) e acordeão (Arthur Valente), o público contará com opções de alimentação variada e uma carta de vinhos para harmonizar paladar e audição. No evento serão oferecidas taças de vinho de R$ 18 a R$ 80 por quatro sommeliers que orientarão o público sobre a harmonização da bebida com a música. Outras opções de consumo serão compôs e garrafas com valores até R$ 195.

Mais informações no Guia Gazeta do Povo.

A grande produção de vinhos no sul do país, o enoturismo na região e o grande número de apreciadores de jazz em Curitiba fizeram com que o americano Philip Agostini, idealizador do projeto, optasse por produzir o festival em Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Os nova-iorquinos da banda David Bennet Cohen Blues que será a primeira a tocar no festival, acharam a ideia “fantástica” por aliar duas artes: a música e a gastronomia. “Para produzir um bom vinho e uma boa música é necessário muito trabalho, amor dedicação e, sobretudo, inspiração”, diz David Bennet.

O trabalho minucioso para ambos gera uma sinestesia ao ouvinte. A banda americana explica que “assim como a música toca o coração, o vinho consegue mexer com as percepções e os nossos sentidos mudando a nossa capacidade sensitiva”, afirmam.

Os canadenses do Shuffle Demons misturam rap com música clássica e prometem brincar com a plateia brasileira. A banda nascida nas ruas tem um figurino exótico inspirado nos tribais africanos e diz que assimilam a cultura local nas apresentações que realizam. O saxofonista, Juno Underhill, conta que a banda está influenciada pelo samba e pelo funk brasileiro e garante que eles farão uma apresentação muito diferente em Curitiba. “Nós estamos tendo uma oportunidade de falar de música e de termos sinergia com os artistas locais, isso é fantástico e deve ser utilizado”, diz o baixista George Koller.

Desafio da Ópera

A apresentação na Ópera de Arame será um desafio. A direção do espaço reconhece que o jazz e o blues, assim como voz e violão, são a “prova de fogo” da revitalização do espaço já que é extrema importância que haja uma condição acústica que proporcione uma experiência sonora de qualidade. O espaço abrirá às 17h. O evento começa às 18h e as apresentações vão até às 23h.