Engana-se quem pensa que é só o rap que fala dos problemas sociais do país e aborda temas como racismo, preconceito e política. O funk também enveredou para esse lado. Um exemplo é a música “Delação Premiada”, da MC Carol, 22 anos - que ficou conhecida pela divertida “Minha Vó Tá Maluca”.
A faixa, que já passa das 300 mil visualizações no YouTube em uma semana, fala da Operação Lava Jato, além de criticar a polícia e a impunidade no Brasil. Na letra, ela mostra descontentamento com o fato de os criminosos flagrados pela operação da Polícia Federal terem benefícios e traça um paralelo com quem comete crimes na favela.
“A música “Delação Premiada” veio das notícias do dia a dia, do que vejo na favela”, afirma ela, que é de Preventório, comunidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
“A repercussão da música tem sido ótima, fiquei muito surpresa. Ela aborda a diferença entre o tratamento dado para ricos e pobres que são iguais: criminosos.”
Na canção, ela fala ainda de discriminação: “É negro e favelado, então tava de pistola”, diz um dos versos.
Mas não é só essa a causa que ela defende. Em outras letras, como na música “Meu Namorado É o Maior”, fala de feminismo. “Tenho recebido bastante apoio. Sou uma inconformada com qualquer injustiça.”
Diversão também tem vez
Por mais que siga uma linha de músicas bastante inclinada para a política, a funkeira MC Carol conta que não quer ser tachada apenas como cantora que bota o dedo na ferida. Um exemplo é “Minha Vó Tá Maluca”, que brinca com as loucuras da parente da cantora e já conta com quase 500 mil visualizações na internet.
“Eu gosto de todo tipo de funk e suas vertentes. Tanto aqueles que servem para o pessoal refletir como aqueles para rir ou para se emocionar também. O importante é que eu possa me expressar como quero e mandar a minha ideia para os fãs”, diz a jovem artista, que compõe as próprias letras.
“Nos próximos meses, lançarei “Bandida”, meu álbum de estreia. Vai ter músicas politizadas, caindo mais para o rap. E dentre as canções, a que acabo de fazer, “Delação”, não ficará fora.”
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