O músico curitibano Kadu Lambach, primeiro guitarrista da Legião Urbana, homenageia Renato Russo com show no Hard Rock Café na terça-feira (11), véspera de feriado. A data marca 20 anos da morte do vocalista da banda brasiliense.
Lambach integrou a formação original na época em que ainda era conhecido como Eduardo Paraná, apelido que o próprio Renato lhe deu. Participou dos primeiros quatro shows da banda, formada logo após o fim do Aborto Elétrico, primeira incursão musical do líder da Legião, quando ele ainda assinava Renato Manfredini Junior.
O foco do repertório vai ser apenas em Renato. “Por isso nós escolhemos músicas que são composição apenas dele, como ‘Eduardo e Mônica’, ‘Faroeste Caboclo’ e ‘Que País É Este’”, afirma Lambach. “La Solitudine”, cover de Laura Pausini que ele gravou, também está sendo ensaiada.
O “nós” a que o guitarrista se refere são as participações especiais que ele terá. Participam da homenagem Zé Rodrigo, Fábio Elias (Relespública), Marielle Loyola (da banda Arte no Escuro, a única produção feita por Renato), Alan Dias e Fábio Lima, todos músicos da cena curitibana. “A irmã do Renato, Carmen, é minha consultora nos shows em homenagem ao Renato e me pediu que sempre convidasse artistas das cidades por onde eu passasse”, conta.
Eduardo Paraná
Lambach fez parte da formação original da Legião Urbana entre 1982 e 1983, um período de muitos ensaios e poucas apresentações. Mas a primeira delas, em Patos de Minas, já foi emblemática. “Saímos do palco algemados”, lembra. Não passaram a noite no xadrez, mas foram convidados a deixar a cidade mineira o quanto antes.
20 Anos Sem Renato Russo, com Kadu Lambach
participações de Zé Rodrigo, Fábio Elias , Marielle Loyola, Alan Dias e Fábio Lima
Terça-feira (11), às 22h
No Hard Rock Café (Rua Buenos Aires, 50 - Batel)
Ingressos: Até as 21h não há cobrança de ingresso. Após esse horário, a entrada custa R$ 15.
Reservas: 3091-6060
No fim dos anos 1970, a turma de Renato Russo era dos punks, formada, com uma forcinha das mães dos rapazes, que se mudaram com suas famílias de todas as partes do Brasil. “Minha mãe, Suzy Queiroz, era e ainda é muito amiga da mãe do Dinho Ouro Preto. Os pais do Renato (Renato e Carminha Manfredini) também tinham raízes curitibanas e acabamos nos aproximando por causa delas”, afirma.
‘Causos’ parecidos também serão contados pelo músico durante a apresentação.
Lambach deixou a banda para estudar música e acabou enveredando para o jazz. Mas se manteve em contato com Renato, principalmente como conselheiro musical. Tocou com Belchior, Tunai e Baby do Brasil, entre outros músicos.
Em 1995, quando produzia o primeiro álbum, Lambach convidou o vocalista da Legião para gravar uma música. “Nos falamos pelo telefone e ele aceitou, mas disse que tinha que ser logo. Eu não entendi por quê, nem sabia que ele tinha o vírus HIV. No ano seguinte, ele faleceu”.
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