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Na semana passada, Kendrick Lamar (o MC que dominou o Grammy no mês passado, papando todos os cinco prêmios da categoria rap) liberou na rede, de surpresa, “untitled unmastered”, álbum de que poucos sabiam da existência.
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Composto basicamente por gravações que não conseguiu incluir em “To pimp a butterfly” (disco de 2015 que fez dele o nome mais relevante do hip-hop no ano), o “novo” trabalho de Kendrick é uma tentativa de reconexão do rap com o passado – o seu próprio, o da música negra como um todo e o da luta contra a segregação nos Estados Unidos.
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Cru, irregular e nada fácil, o disco novo ganhou vida na mesa de edição – como alguns dos mais clássicos LPs do trompetista Miles Davis, um dos ícones do jazz.
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