Depois de Curitiba, a banda segue para porto Alegre.| Foto: Divulgação

O público brasileiro é velho conhecido do Korn. Na última edição do Rock in Rio, em setembro de 2015, os californianos fizeram um dos shows mais comentados nas redes sociais, mesmo não pertencendo à lista de atrações do palco principal. No ano passado, lançaram o álbum “The Serenity of Suffering”, considerado pela crítica especializada uma volta às raízes que mostrava a banda, 24 anos de carreira, em grande forma. A turnê do novo álbum passa nesta sexta-feira (21) por Curitiba depois de show em São Paulo na quarta (19). Porto Alegre é a última parada no Brasil, com show no dia 23. “O show é para pular e esquecer todos os problemas. Simples assim”, explicou em entrevista por telefone à Gazeta, o vocalista Jonathan Davis.

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Dentro do metal (os integrantes do Korn rejeitam o subgênero new metal, mas foram integrados a essa onda logo no início de carreira), a banda é conhecida por fazer discos radicalmente opostos aos anteriores, com muita experimentação. “The Serenity of Suffering” (em português, algo como ‘a serenidade do sofrimento’) poderia significar também o processo de pré-produção deste que é o 12.º álbum de estúdio. “Foi esquisito. Não foi nem um pouco como eu esperava. Eu não tive ideias de pronto e precisei trabalhar o dobro para fazer essas letras”, contou o vocalista, também principal compositor da banda.

Serviço

Korn

Sexta-feira ( 21)

Na Live Curitiba (Rua Itajubá, 143 - Portão)

Horários: Abertura da casa: 20h.Início do show: 22h

Ingressos: valores variam de R$ 190 (meia-entrada) a R$ 610 (inteira), de acordo com o setor. Membros do Clube Gazeta do Povo têm 50% de desconto.

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As contribuições iniciais dos colegas Head Welch (guitarra) Munky Shaffer (guitarra), Fieldy Arvizu (baixo, que nas apresentações na América Latina será substituído pelo pequeno Tye Trujillo, de apenas 12 anos, filho de Rob Trujillo, do Metallica) e Ray Luzier (bateria) também não agradaram a Davis e o hiato criativo se instaurou por algum tempo antes da entrada em estúdio. “Mas valeu a pena. Fizemos um álbum que, apesar de agradar a quem nos conhece desde o início, não soa nostálgico. Bem, ao menos não foi para mim”, contou.

O álbum contou com a participação especial de Corey Taylor, vocalista do Slipknot (protagonista de outro grande momento do Rock in Rio, em 2011 e também presente na última edição do festival). Taylor dividiu os vocais com Davis na faixa “A Different World”. “Ele estava na cidade quando estávamos gravando”, brincou Davis. A produção do álbum ficou a cargo de Nick Raskulinecz, que trabalhou com o Deftones e o Mastadon, entre outros nomes do metal contemporâneo.

Em tempos calmos, pós reabilitação de Davis e do guitarrista fundador Head, que voltou à banda em 2013 após oito anos fora, o Korn costuma priorizar a diversão de quem vai assistir ao show, mas isso não inclui jogos de cena muito elaborados.

Climão

Os californianos retornam ao Brasil depois de um certo climão com o Sepultura. Em entrevista à revista Metal Hamme r no ano passado, Davis disse que a banda brasileira copiou a sonoridade deles em “Roots”, álbum clássico lançado em 1996. “Não foi o que eu quis dizer. Mesmo”, frisou o vocalista. “Para quem não entendeu, eu amo esses caras e entendo o que eles fizeram. Usaram algo que nos caracterizava para algo que era a cara deles. Eles são maravilhosos e importantes para mim. Está tudo bem entre nós”, afirmou ele, que chegou a participar do álbum. Tanto Max quanto Igor Cavalera, hoje já não mais integrantes do Sepultura, admitiram a influência neste álbum em que fundiram o metal com a sonoridade brasileira.