Bob Dylan. “Fallen Angels”. Música norte-americana
“Fallen Angels” é o segundo tributo de Bob Dylan a Frank Sinatra. Ele sai pouco mais de um ano depois de “Shadows in the Night” e segue a mesma linha de escolha de repertório do trabalho anterior: Dylan escolheu standards da música popular norte-americana que foram gravadas ou cantadas por Sinatra sobretudo nos anos 1940 e 50. A banda, que acompanha há anos o cantor e compositor em suas turnês, também é a mesma de “Shadows”, e executa elegantemente arranjos jazzísticos enquanto a voz rouca de Dylan percorre canções como “Young at Heart” (composição de Johnny Richards e Carolyn Leigh cuja gravação de Sinatra vendeu um milhão de cópias em 1953) e “The Old Black Magic” (música de Harold Arlen e Johnny Mercer gravada como balada por Sinatra em 1947, mas registrada por Dylan com um pé no rockabilly).
Gojira. “Silvera”. Metal
Os franceses do Gojira deixaram os fãs com um gosto de Magma na boca. Com o lançamento do próximo disco previsto para 17 de junho, os caras jogaram na rede o segundo single “Silvera” – que inclusive já tem clipe. O sucessor de “Stranded” é composto de riffs compactos e momentos que intercalam vocais rasgados e limpos (quase melódicos) a serviço de uma mensagem surpreendentemente positiva de aprimoramento ético baseado no livre julgamento individual. (Rico Boschi, especial para a Gazeta do Povo)
Vários artistas. “Day of the Dead”. Rock
Idealizada e organizada pelos irmãos Aaron e Bryce Dessner (da banda The National), a coletânea “Day of the Dead” reúne versões de alguns dos principais nomes do rock independente para músicas do Grateful Dead. A lista de participações é longa: são 60 artistas envolvidos em 59 faixas, que levaram quatro anos para serem gravadas (e que levam pelo menos 5 horas e meia para serem ouvidas). Além do próprio National, participam artistas como The War on Drugs (que gravou em seu próprio estilo a faixa “Touch of Grey”), Courtney Barnett (“New Speedway Boogie”), Mumford & Sons (“Friends of the Devil”), Wilco (“St. Stephen”), Unknown Mortal Orchestra (“Shakedown Street”) e The Flaming Lips (“Dark Star”). O tributo será lançado em um box de cinco CDs ou vinis. Os lucros serão repassados à Red Hot Organization, que se dedica ao combate à Aids. (RRC)
Tibério Azul. “A vida pede mais abraço que razão”. MPB
O músico Tibério Azul disponibilizou nesta terça-feira (24) uma das faixas que irá compor o disco “Líquido”, sucessor do estreante “Bandarra” (2011). O prenuncio veio com o single “A vida pede mais abraço que razão”, que marca a mudança do pernambucano para o Rio de Janeiro. Gravada em estúdio carioca, a música é carregada de sobreposições de metais, orquestrados pelo trombonista Nilsinho Amarante, e costurada por riffs bem marcados do guitarrista Yuri Queiroga, que assina a produção do novo disco. Nos versos cíclicos, Tibério festeja a simplicidade e revela um olhar otimista sobre as impermanências da vida. (Braian Boguszewski, especial para a Gazeta do Povo)
Ariana Grande. “Dangerous Woman”. Pop
Com o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio na última sexta-feira (20), Ariana Grande se afasta cada vez mais da imagem inocente a que foi associada durante suas participações em séries da Nickelodeon. A voz maleável, que em momentos assume o aspecto sussurrado – o que justifica as comparações constantes com Mariah Carey –, passeia por gêneros como r&b, disco e house, e entre as participações esperadas de artistas como Future e Nicki Minaj, a maior surpresa é a da cantora de soul Macy Gray. A temática das letras é consistente, com mensagens honestas de empoderamento e carregando uma atitude mais segura de si mesma, deixando para trás a carreira pop juvenil e assumindo sua própria identidade, assim como o título do disco, “Dangerous Woman”, sugere. (Thaís Carvalho, especial para a Gazeta do Povo)
Fernanda Abreu. “Amor Geral”. Pop
Depois de uma década do hit “Rio 40 Graus”, do álbum “MTV ao Vivo: Fernanda Abreu”, a cantora carioca lança “Amor Geral”. O novo álbum pop é um reflexo do tempo longe do microfone devido aos problemas pessoais que enfrentou como o coma da mãe, instabilidade do mercado fonográfico e o divórcio depois de 27 anos de casamento. O novo trabalho, que traz canções como “Saber Chegar”, no autêntico estilo MPB, bem menos enérgica que as demais faixas do CD, traz justamente a melancolia enfrentada pela cantora. “Outro Sim”, em contrapartida, tem o refrão “Querendo dá”, bem no estilo chiclete, com grandes chances de popularizar na rede. Para não deixar de compor o repertório eclético de Fernanda, a parceria com Afrika Bambaataa, no single “Tambor” que mistura o funk com batucadas tribais.
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