Plant e Page foram processados por Michael Skidmore, administrador da herança do compositor Randy Wolfe; o músico, morto em 1997, nunca quis ir à Justiça.| Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Uma das maiores confusões da história da música terminou nesta quinta-feira (23): a banda inglesa Led Zeppelin foi considerada inocente das acusações de plágio no hit “Stairway to Heaven”. O vocalista Robert Plant e o guitarrista Jimmy Page vinham enfrentando na Justiça Michael Skidmore, administrador da herança do guitarrista e compositor Randy Wolfe, da banda Spirit, sob alegação de terem copiado seu riff de abertura da faixa instrumental “Taurus”, lançada em 1967.

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No segundo dia de deliberações em um tribunal de Los Angeles, o júri decidiu em favor do grupo e das várias subsidiárias da Warner Music, detentora dos direitos da canção. A decisão veio depois de o corpo de jurados, formado por oito cidadãos da Califórnia, ouvirem ambas as faixas durante cerca de meia hora.

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Para eles, não há semelhança significativa nos elementos extrínsecos de “Taurus” e “Stairway to Heaven”.

Randy nunca quis processar a banda

Segundo um dos especialistas consultados durante o julgamento, a música do Led Zeppelin, lançada em 1971, rendeu US$ 58,5 milhões a Robert Plant e Jimmy Page ao longo dos anos.

“Taurus” foi composta por Randy Wolfe, morto em 1997, que nunca quis processar a banda inglesa. A ação foi aberta em 2014 por Skidmore. Ele pleiteava que Wolfe fosse creditado como um dos autores da música, com seu espólio recebendo os danos devidos.

O julgamento teve início no dia 14 de junho. Tanto Plant quanto Page testemunharam que não eram familiarizados com a música da Spirit até as comparações começarem na internet.

“Estamos gratos pelo serviço de consciência do júri e satisfeitos por terem decidido em nosso favor, colocando de lado questões sobre as origens de “Stairway to Heaven” e confirmando o que sabemos há 45 anos”, disseram Page e Plant em comunicado. “Nós apreciamos o apoio dos nossos fãs, e estamos ansiosos para deixar essa questão legal para trás”.

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