O show “Legião Urbana 30 Anos”, que reúne os membros fundadores da banda Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, faz seu segundo e último show em Curitiba nesta sexta-feira (11), na Live.
Ao lado de André Frateschi (voz), Lucas Vasconcellos (guitarra), Mauro Berman (baixo) e Roberto Pollo (teclado), o baterista e o guitarrista relembram hits e percorrem, com arranjos originais, todas as faixas do álbum “Legião Urbana” (1985), que fez 30 anos em 2015.
A ideia da reunião aconteceu durante a pesquisa por material para uma edição comemorativa. “Rodamos o Brasil inteiro. Tem sido incrível”, conta Dado Villa-Lobos, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. “A gente está voltando a alguns lugares para encerrar mesmo”, diz.
Futuro
O músico diz que, depois do último show da turnê – dia 17 de dezembro, na famosa casa de shows carioca Circo Voador –, esta reunião acaba, “e pronto”. Ele avalia que o projeto cumpriu a meta, que era passar por lugares em que a Legião Urbana nunca tinha estado e reencontrar o público. “Foi a realização de um sonho ver que canções que fizemos há 30 anos ainda falam para novas gerações. Foi uma experiência muito boa, para o público e para a gente”, diz.
[Renato Russo] se foi cedo demais. Acho isso terrível, porque ele poderia ter ido muito mais além. Era um cara realmente poderoso no sentido musical e da arte, e de perceber o que é isso tudo e traduzir em canções universais e populares. Acho que o lugar dele é esse
No entanto, o músico diz que ele e Bonfá não descartam outros projetos relacionados à Legião, embora ambos já tenham trabalhos individuais para tocar a partir de 2017 e o ambiente não seja dos mais propícios– a animosidade judicial entre eles e o herdeiro de Renato Russo, Giuliano Manfredini, não terminou.
“Talvez pensemos em repetir mais à frente – mas não projetamos nada. Por hora, a gente vai encerrar este ano e começar 2017 zerados, com todas estas questões judiciais que envolvem a Legião Urbana encerradas”, conta.
Dado diz que voltar a tocar canções depois de mais de 30 anos permitiu a ele entendê-las melhor. “Tem um certo distanciamento, mas uma compreensão melhor do que está acontecendo”, diz. “As coisas estão mais sedimentadas na vida da gente. E essas canções falam muito a respeito de nós mesmos.”
Para ele, Renato Russo – morto em 1996 – tem um lugar certo no panteão da música brasileira. “Ele se foi cedo demais. Acho isso terrível, porque ele poderia ter ido muito mais além. Era um cara realmente poderoso no sentido musical e da arte, e de perceber o que é isso tudo e traduzir em canções universais e populares. Acho que o lugar dele é esse”, diz.
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