O cantor e compositor Lenine apresenta nesta sexta-feira (23), no Guairão, o show da turnê de seu álbum de inéditas “Carbono”, lançado no final de abril. A apresentação terá abertura do curitibano Marlos Soares.
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Depois dos experimentos com música concreta e com o sistema de som quadrifônico do trabalho anterior, “Chão”, o artista pernambucano volta à sonoridade de banda. Ele sobe ao palco novamente acompanhado pelos músicos e produtores Bruno Giorgi (bandolim, guitarra, efeitos e vocais) e JR Tostoi (guitarra e vocais), que o acompanharam na turnê anterior, mais a “cozinha” formada por Guila (baixo, synth e vocais) e Pantico Rocha (bateria e vocais).
Para Lenine, “Carbono” é uma espécie de fecho de uma trilogia de trabalhos que o cantor gosta de comparar com “romances sonoros” – em contraste com as “coletâneas de contos” que seriam álbuns anteriores estruturados sobre coleções de canções.
Assim como em “Chão” e “Labiata” (2008), o cantor primeiro vislumbrou a sonoridade que queria; depois, criou um título – “colecionador de palavras” que é. A diferença foi que, entre a composição e o show de lançamento, o trabalho durou dois meses e meio. “Foi um tsunami maluco”, conta o músico, por telefone. “Nesses cinco meses desde o lançamento, já estou com um caminhão de memórias e emoções, como se estivesse na estrada há dois anos”, conta.
Formado em engenharia química, Lenine explica que o que mais o interessou no carbono foi sua propriedade alotrópica, a “capacidade de formar novas moléculas, propriedades e conjugações” e de se “unir a qualquer coisa”.
“Isso define, de certa maneira, o processo do meu trabalho”, explica.
O tema dá forma à diversidade musical do disco, que conta com a participação de 49 artistas – entre eles Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, integrantes do Nação Zumbi e a orquestra holandesa Martin Fondse. “O suceder das canções é como capítulos de uma história que vou narrando”, diz Lenine.
Além das 11 canções de “Carbono”, o artista inclui outra dezena de músicas de discos anteriores – sempre de acordo com o “ambiente sonoro” que ele criou no novo trabalho.
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