Renato Russo, o líder da Legião Urbana, banda de rock brasileira que vendeu mais de 20 milhões de discos, morreu no dia 11 de outubro de 1996, vítima de complicações da Aids.
Às vésperas dos 20 anos de sua morte, ele será celebrado com lançamentos, eventos e reedições que mostram que o culto a Renato Russo só fez crescer em notoriedade e adoração.
- Músicos transformam Kombi em palco móvel e levam música para escolas
- Lollapalooza 2017 aposta em barbadas; saiba mais sobre cada uma das atrações
- Claudia Ohana coloca o último prego no caixão de Kurt Cobain
- Disco esquecido de David Bowie é lançado mais de 40 anos depois
- Beatles, Radiohead, The Doors: artistas e bandas legais que os fãs “estragaram”
A maioria dos eventos acontece em outubro. No dia 7, chega às livrarias “The 42nd St. Band: romance de uma banda imaginária”, ficção escrita na adolescência pelo líder da Legião.
Dia 11, o ator Bruce Gomlevsky reestreia “Renato Russo, o musical”, que foi montado em 2006, nos dez anos de morte do cantor, e somou mais de 200 mil espectadores.
Também no dia da morte, será lançado “Viva Renato Russo 20 anos”, álbum-tributo só com bandas da nova geração do rock brasileiro. A banda curitibana Uh La La! gravou uma releitura de “Eduardo e Mônica” para o álbum.
No dia 28, a Universal Music lança uma caixa com cinco álbuns solo que Renato gravou. “The Stonewall Celebration” (1994) e “Equilíbrio distante” (1995, de canções em italiano que fizeram muito sucesso e o levaram a um público além da Legião).
Outros foram lançados postumamente, incluindo “O último solo” (1997), “Presente” (2003) e “Duetos” (2010).
A cereja do bolo é uma faixa inédita, com gravações do “Equilíbrio distante”: uma versão rock da música “Il mondo degli altri”, originalmente romântica e lenta.
Filme “Eduardo e Mônica”
No ano que vem, Renato será o tema de uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo.
“Era tudo que estava no apartamento do Renato em Ipanema. Ali, havia também uma infinidade de letras, escritas de forma informal, umas até em papel de pão, que estamos tentando botar na praça”, explica Ronaldo Pereira , diretor artístico da Legião Urbana Produções Artísticas , empresa do filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini.
O diretor do bem-sucedido “Faroeste caboclo”, René Sampaio volta a adaptar para o cinema uma letra de Renato Russo. Já em fase de produção “Eduardo e Mônica”, longa que ele começa a filmar ano que vem, para contar a história do improvável casal da música de sucesso do álbum “Dois” (1986), da Legião Urbana.
A ação do filme se passa em Brasília, no ano do lançamento do disco. O roteiro, que teve uma primeira versão de Luiz Bolognesi, é assinado por Domingos Oliveira e Victor Atherino .
“Essa é uma história solar, ao contrário do “Faroeste caboclo”. O Domingos , um mestre da comédia romântica, deu leveza ao texto”, diz René.
Teatro e biografia
Também está programada a adaptação teatral do livro “Só por hoje e para sempre”, também a cargo de Gomlevsky. O monólogo é baseado em “Só por hoje e para sempre” (Companhia das Letras), livro lançado em em 2015, com o diário da temporada que o cantor passou, entre abril e maio de 1993, numa clínica de reabilitação, para tratar do vício em álcool e drogas.
“É um monólogo entremeado por muitas canções, como “Metal contra as nuvens”, que não estão no musical”, promete Gomlevsky, que pretende encenar o espetáculo em 2017.
“Há toda uma nova geração que descobriu a obra dele e da Legião pela internet - observa o jornalista Carlos Renato, 45 anos, autor de “Renato Russo: o filho da revolução”, biografia que voltou às livrarias neste mês em sua primeira edição revista e ampliada”.
Lançada em 2009, “o livro teve quatro edições, mas nenhuma atualização. Os 20 anos da morte do cantor motivaram o biógrafo Carlos Marcelo a reescrever o texto, com olho na passagem do tempo (e nos livros sobre Renato escritos de lá para cá), e a fazer mais entrevistas. Com isso e um novo capítulo, sobre os últimos dias do artista, o livro volta agora às livrarias pela editora Planeta.
Disco-tributo traz releituras de antigos sucessos
Um “Que país é este” vertido para o heavy metal pela banda paulista República. Os niteroienses do Facção Caipira countryficando o “Faroeste caboclo”.
A gaúcha Duda Brack vestindo de experimentalismos o “Boomerang blues”. Tudo isso está em “Viva Renato Russo 20 anos”, disco que ainda tem a banda carioca Baleia, com a sombria “Mariane” e os c uritibanos Uh La La! que transformaram “Eduardo e Mônica” em rock bubblegum.
Faixas bônus trazem a japonesa Tsubasa Imamura (“Eu sei”) e o espanhol Sepiurca Zukin, com “39”, uma versão em espanhol para a canção “Vinte e Nove”.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Chefe do Dnit responsável pela ponte que caiu no TO já foi preso por corrupção
Emendas: a nova decisão de Dino e o impacto político para o governo Lula; ouça o podcast