Após cinco anos desde a última vinda ao Brasil, a banda sueca Millencolin faz passagem por Curitiba neste domingo (15), no Vanilla Music Hall. O grupo divulga o CD “True Brew”, primeiro álbum de inéditas em sete anos, lançado em abril de 2015. Veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo.
Com um estilo que passeia entre o punk rock, pop punk e hardcore, o Millencolin surgiu no início dos anos 90, em meio ao boom de bandas de mesmo estilo. Na época, grupos como Pennywise – que fez show na capital paranaense nesta semana –, Descendents e NOFX já eram conhecidos e tinham contrato com gravadoras.
Além da “concorrência” acirrada, outro grande empecilho para o reconhecimento da banda, que teve seu sucesso comercial apenas em 2000, com o álbum “Pennybridge Pioneers”, foi a questão geográfica. A maior parte dos grupos similares eram da Califórnia, onde o cenário era consideravelmente mais receptivo para subgêneros do punk e hardcore.
Mas, em 1995, ao fechar um contrato com a gravadora estadunidense Epitaph, a banda passou a fazer turnês fora da Escandinávia. Nos anos seguintes, sua popularidade cresceu proporcionalmente ao estilo pop punk, e o Millencolin se apresentou em festivais ao lado de grupos como Blink-182 e The Offspring.
“True Brew”
Após deixar uma lacuna de sete anos na discografia, o Millencolin voltou ao estúdio para a gravação de seu oitavo álbum, intitulado “True Brew”. Apesar de o CD anterior, “Machine 15”, ter causado furor entre os fãs por abraçar um estilo mais voltado ao pop rock/alternativo, o novo material, gravado e produzido pela própria banda, volta às raízes do Millencolin.
As composições são diretas, com riffs típicos do hardcore melódico e a rapidez do punk. A influência de bandas como Bad Religion são evidentes em músicas como “Egocentric Man” e “Autopilot Mode”, especialmente nos vocais de Nikola Å arÄeviÄ.
O trabalho, um resumo conciso da carreira de mais de duas décadas do Millencolin, apenas reforça sua relevância na cena do punk rock mundial e marca o retorno do grupo à ativa.