Em noite que coroou semana histórica em Cuba, os Rolling Stones subiram com ligeiro atraso de cinco minutos ao seu primeiro show em Havana na noite desta sexta (25).
A ordem das músicas seguiu o padrão dos demais shows da turnê Olé, que passou pela América Latina, incluindo o Brasil: começou com “Jumping Jack Flash”, prosseguiu com “It’s Only Rock N’Roll” e “Tumbling Dice”. Mas se o setlist foi pouco ousado, os Stones aproveitaram as falas para apontar a importância histórica do show em Havana, a primeira apresentação de uma megabanda da história de Cuba.
“Sabemos que há alguns anos era dificílimo escutar as nossas músicas aqui”, disse Mick Jagger em espanhol. E foi aplaudido quando arrematou: “Mas felizmente os tempos estão mudando”. Estima-se que mais de 100 mil pessoas compareceram ao show: público que misturou muitos estrangeiros em meio a cubanos, pouco acostumados a um show internacional deste porte.
Muitos dos cubanos com quem a Folha falou disseram não conhecer muitas das canções dos Stones -ou “Rolling”, como os chamam-, mas afirmaram que compareceram pelo feito histórico: tiraram selfies, dançaram em rodinhas e acenaram para o drone que filmava o público.
Poucos cantaram as músicas, exceto “Satisfaction”, que fechou o show, e foi executada numa versão um tanto esticada para aproveitar a maior empolgação da plateia. A capital cubana foi o palco escolhido para encerrar a turnê Olé, giro latino-americano dos Stones que passou por Brasil, Uruguai, Chile, Argentina, Colômbia, Peru e México. Gratuita apenas em Cuba, a apresentação coroa a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, iniciada em dezembro de 2014.
No último fim de semana, o presidente Barack Obama visitou Cuba, feito também histórico, num gesto de aproximação com a ilha governada por Raul Castro.
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