Playback, fãs mirins e simpatia: 8 destaques do Fifth Harmony em Curitiba

Se não fosse pela simpatia em palco, pela empolgação da plateia ou até mesmo as danças muito bem sincronizadas, o resultado poderia ter sido um grande desastre. Felizmente, não foi. Na noite desta quarta-feira (29), o Fifth Harmony (5H) levantou a temperatura de Curitiba com sua apresentação no ExpoUnimed, mas ficou devendo na parte técnica.

Veja os principais destaques do show em 8 pontos:

1.Fila

Com pessoas que chegaram às 6h50 de terça ainda, a fila foi um dos pontos que mais chamaram atenção. E o mais engraçado: não era preciso tanto empenho. Quem chegou ao ExpoUnimed perto do horário da apresentação conseguiu se infiltrar facilmente. Os portões até abriram meia hora mais cedo, garantindo muita correria.

2.Playback

Infelizmente, em mais de metade do setlist, o playback ficou evidente no show do 5H. Talvez por estarem inseguras, as cantoras optaram por ter toda a base da apresentação gravada, com sua cantoria entrando nas faixas. Mesmo assim, pelo som do microfone estar baixo, muitas vezes o público parecia estar ouvindo o disco, em casa mesmo. Essa, talvez, seja a maior decepção da passagem das meninas por Curitiba.

Veja imagens do show em Curitiba

3.Hits

Uma banda que saiu do programa “X Factor” em terceiro lugar, mas dominou as paradas musicais com os singles lançados só poderia conquistar o público com os sucessos. E foi isso mesmo: a plateia foi à loucura em faixas como “Worth It”, “All In My Head” e “Work from Home”, que fecharam a apresentação. Destaque também para as dançantes “This Is How We Roll”, “Sledgehammer” e “Bo$$”, do disco “Reflection”.

4.Simpatia da Camilla e abraço

O Brasil tem um dos maiores fã-clubes da girlband e, por isso, o 5H mostrou muita simpatia por onde passou. No palco, Camilla Cabello mandou bem no português e soltou várias frases como “estão se divertindo?”, “estou aprendendo a falar português” e “eu te amo Brasil”. Além disso, outro ponto alto foi o abraço fofo de Lauren em Dinah, que parecia estar meio distante em alguns momentos. Os fãs – nas redes sociais e no ExpoUnimed – amaram.

5.Plateia sub-15

A maior parte do público era formado por adolescentes entre 10 e 15 anos, e seus responsáveis. “Chegamos às 17 horas, muito tranquilos, e vim mais por ela mesmo”, contou Marcos Pádua, 47 anos, entre risos, mostrando a filha Alana, de 11. “É o primeiro show dela. Se conheço? Só pelo DVD do carro mesmo, que agora só tem Fifth Harmony”.

Assim como eles, as amigas Valentina Oliveira, 13, e Michelle Arrata, 12, também trouxeram suas mães para curtir a girlband. “Só conhecemos ‘Worth It’ e fomos seguindo pelas paradas musicais mesmo”, conta Valentina. Talvez por isso, o 5H deva se ligar: os fãs mais novos ainda precisam de mais conexão com o grupo, ou será uma banda de hits que podem virar fumaça no imaginário em pouco tempo.

6.Sucesso nas redes sociais

Nesta quarta-feira (29), o 5H dominou o Twitter. Durante boa parte do dia, a tag #727TourCuritiba ficou entre os Trending Topics mundiais da rede de microblogs e seguiu entre os assuntos mais comentados até a madrugada. Fãs de outras partes do país acompanharam todos os detalhes da banda por ali, rendendo uma série de memes e comentários hilários sobre as coberturas realizadas por sites e pela imprensa.

7.Danças

Teve playback sim, mas a magia do Fifth Harmony ficou pela coreografia. Muito animadas, as meninas agitaram o público principalmente pela dança, tudo muito bem sincronizado.

8.Produção

Após nove canções, o 5H saiu do palco. Viria ali uma troca de figurino? Houve uma expectativa enorme pelo retorno das garotas nesta pausa maior. Cadeiras (bem simples) foram colocadas no palco pela produção. Todas as luzes foram apagadas. No retorno, as mesmas roupas – com exceção de Dinah, que voltou com uma blusa verde improvisada. E foi isso. Nada de novo, nada de espetacular.

Esse é outro motivo para a apresentação ter ficado aquém do esperado: produção simples, sem nada diferenciado. Uma teoria possível é o local da apresentação, que foi uma novidade para quem costuma ir em apresentações internacionais. O ExpoUnimed foi uma boa opção, mas talvez ainda não tenha estrutura para garantir qualidade e produções mais elaboradas.

Dançante, mas pouco surpreendente. Por ser um grupo ainda novo no cenário pop, o Fifth Harmony carece de mais repertório e produção para garantir ascensão de fato. Com bons hits nas paradas musicais, ainda falta algo para explodir de vez: é como uma bomba-relógio – ou o grupo consegue evoluir de vez, ou não vai demorar para pode cair no esquecimento.