A cantora e pastora evangélica Aline Barros, uma das mais bem-sucedidas do mercado de música gospel do país, faz um show no Teatro Positivo neste sábado (2), às 21h15.
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O show reúne canções dos dois últimos discos da artista – incluindo “Graça” (2013), vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa em 2014. Segundo a cantora, também não ficarão de fora outras músicas conhecidas de sua carreira, como “Sonda-me, Usa-me”, “Apaixonado” e “Vitória no Deserto” – uma das faixas que mostram bem a pegada pop-rock do trabalho.
“A gente chama de adoração moderna”, diz a cantora, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. “É legal, porque acaba atingindo a família toda.”
Aline diz que considera a música uma linguagem universal, e que o trabalho não é pensado apenas para os evangélicos. As mensagens das músicas, para ela, oferecem conforto para uma vida contemporânea cercada de notícias ruins. “Temos tanta coisa acontecendo – crise, violência. Tudo isso somado pesa. Muita gente sofre de depressão, fica angustiada”, analisa. “Quando você leva uma mensagem de alegria para o coração de alguém, isso vai além da religião.”
Para a cantora, há um movimento de abertura para gênero no Brasil – na direção do que acontece nos Estados Unidos, onde a música gospel é tradicionalmente mais integrada com a secular. “Temos visto programas de tevê convidando cantores evangélicos”, diz Aline, citando estimativas que circulam no meio de que o Brasil já teria “60 milhões de evangélicos”. “Somos bem expressivos”, diz.
Ela diz, porém, que não há separação entre sua carreira artística e sua atuação na igreja – ela e o marido, o ex-zagueiro Gilmar Santos, são pastores da Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul, no Rio de Janeiro. O trabalho de cantora envolve, entre outras coisas, fama e altos cachês – não é à toa que grandes gravadoras têm divisões específicas para vender artistas cristãos, como a Sony Music Gospel e a Universal Music Christian Group, que estima que o mercado da música gospel movimente cerca de R$ 1,5 bilhão no Brasil por ano. Mas ela garante que o foco é religioso. “Talvez seja complicado de entender, mas o que faço é uma missão”, diz.
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