A prefeitura de Curitiba confirmou nesta sexta-feira (06) que a Oficina de Música de Curitiba, maior e mais tradicional evento de música do estado, será realizada no segundo semestre do ano. A indicativa é que o evento aconteça em julho. Antes da sua posse, o prefeito eleito Rafael Greca anunciou o cancelamento da 35ª edição da Oficina, tradicionalmente realizada em janeiro, devido a falta de recursos financeiros e priorização de investimentos na Saúde.
A Fundação Cultural de Curitiba informou que está formando um grupo de trabalho para definir as diretrizes do evento. Este grupo deve definir se a Oficina passará a ser realizada sempre no segundo semestre do ano ou se voltará ao calendário original.
O grupo de trabalho formado pela Fundação Cultural conta, até o momento, com seu presidente, Maurício Appel; com o presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Marino Junior; e com a diretora artística geral da Oficina, Janete Andrade. O Icac é a entidade responsável pela organização do evento, realizado com recursos do município. A intenção da Fundação é ampliar o grupo, trazendo representantes de entidades apoiadoras da Oficina e da classe artística, e realizar reuniões semanais.
A prefeitura de Curitiba ainda não definiu, no entanto, qual será o montante investido pelo município na realização da Oficina. “Ainda é uma situação muito nebulosa. Estou mais preocupada com a estrutura. É uma coisa nova”, afirmou Janete Andrade. A expectativa é que se definam valores após a publicação de um levantamento sobre as contas públicas do município prometido pela nova gestão da prefeitura para daqui a 10 dias.
O custo total da Oficina de Música de 2017 estava estipulado em R$ 1,7 milhão. Desse montante, a gestão passada da prefeitura já havia repassado R$ 420 mil para o Icac para cobrir a pré-produção do evento. À atual gestão da prefeitura caberia o investimento de cerca de R$ 900 mil, já previstos em orçamento. Outros R$ 300 mil viriam de patrocínios parciais pela Lei Rouanet.
“Contratualmente teríamos o recurso. Está no contrato. Depois desse levantamento [das contas públicas] vão rever o contrato e ver o quanto podem cumprir. Se a avaliação for positiva, podem cumprir todo o contrato. Ou priorizar outras áreas, inclusive dentro da própria Cultura”, explica o presidente do Icac, Marino Junior.
Segundo Janete Andrade, as mudanças no calendário e no orçamento podem obrigar a direção artística da Oficina a criar um novo formato de evento. “A Oficina é um mundo, é enorme. Temos que definir muita coisa que não se esgota em uma hora e meia de conversa de maneira nenhuma”, disse.
A expectativa dos membros do grupo de trabalho é que dentro de duas ou três semanas já se possam ter as primeiras definições sobre valores e a forma como será realizada a Oficina de Música em 2017.
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