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Karol Conka: empatia e empoderamento | /Divulgação
Karol Conka: empatia e empoderamento| Foto: /Divulgação
Festival da Música Brasileira

Sexta-feira (12), 22h, no Concept Hall (R. Doutor Reynaldo Machado , 1097). Ingressos R$ 100 e R$ 50.

A rapper curitibana Karol Conka é o destaque do Festival de Música Brasileira, que acontece no Concept Hall (R. Doutor Reynaldo Machado, 1.097) nesta sexta-feira (12), a partir das 22 horas.

O festival também terá os grupos curitibanos Paranambuco Brasil, Orquestra Friorenta e Farrapo’só.

Acompanhada pelo DJ Hadji, Karol apresenta seus últimos singles (“Tombei”, “É o Poder”) e as faixas do álbum “Batuk Freak” (2013), que deve ganhar seu aguardado sucessor em outubro de 2016.

Em entrevista para a Gazeta do Povo, ela diz que prefere continuar o suspense sobre o novo trabalho. “Não gosto de ficar falando sobre o que rola no disco. Prefiro fazer e lançar direto”, desconversa. “Sempre vou cantar as músicas do ‘Batuk Freak’. Meu primeiro álbum tem uma música mais orgânica. Não é algo para ser consumido rápido ou para vender. Então, as músicas permanecem”, diz.

Karol, que atualmente se divide entre Curitiba e São Paulo, volta à capital paranaense em seu tradicional clima de festa. “Estou emocionada, e meus fãs estão eufóricos. Vai ser muito animado”, brinca.

História do Brasil

A rapper se apresenta em Curitiba uma semana depois de participar da elogiada abertura dos Jogos Olímpicos, no dia 5. A trilha sonora do espetáculo concentrou uma amostra variada da cultura brasileira, e Karol – ao lado da carioca MC Soffia, de 12 anos – foi escolhida para representar a face mais combativa da música do país.

“A cerimônia toda era para mostrar realmente a história do Brasil. Convidaram a mim e à MC Soffia porque a gente já tem este tema em nossos trabalhos”, conta a rapper curitibana, escalada em uma lista que incluiu Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Ludmilla, Elza Soares, Gang do Eletro, Caetano Veloso, Giberto Gil e Anitta.

“A gente estava representando uma parte da sociedade que é tratada como minoria. Saí muito emocionada por esse fato e por milhares de pessoas terem assistido àquela imagem. Que, para muitos, podem não ser nada. Mas que, para o nosso povo, significa muito”, diz.

Ela e Soffia – conhecida por cantar sobre o empoderamento das meninas negras –, escreveram juntas a música “Toquem os Tambores” especialmente para o evento. “Falei sobre a história do negro que não é contada. Sobre o Brasil construído por mãos de negros e índios, e eles não serem reconhecidos por isso”, conta.

Empatia

Para a artista, a participação das rappers levou uma mensagem de empatia ao público – recado que, em uma entrevista ao jornal americano “The New York Times”, Karol disse que gostaria que fosse ouvido pelo presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Karol – que também conquistou o público gay com sua música festiva, sua postura provocadora e seus versos sobre autoestima e respeito – explica o que eles representam para ela. “São figuras que nos atacam, que pregam o ódio ao próximo, a uma minoria. E eu me encaixo nessa minoria”, diz.

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