Quando a banda Metrô surgiu (ainda com o nome de Gota Suspensa) no final dos anos 1970 em São Paulo, sua música era considerada “futurista e pós-moderna”. Hoje, mais de trinta anos depois do fim da banda, no auge do sucesso em 1985, o quinteto original se reuniu para uma série de shows - o próximo nesta sexta feira (19) no Vox Bar, em Curitiba - agora chamados de “retrô”.
Metrô
Sexta Feira , a partir das 22 h no Vox Bar (Rua Barão do Rio Branco, 418 – Centro) . Ingressos a R$ 40.
“É impressionante como as coisas mudam, para nós é um viagem no tempo. A gente está tocando músicas da época da Gota, músicas do Metrô que não tocávamos na época porque não conseguíamos reproduzir o que a gente fazia no estúdio”, explica a vocalista Virginie Boutaud. “O mais legal é que as músicas continuam atuais”.
Uma das principais estrelas da geração do rock brasileiro nos anos 1980, Virginie explica que a banda decidiu se reunir no ano passado para as comemorações do aniversário de 50 anos do Liceu Pasteur , o colégio francês em São Paulo onde todos os integrantes de ascendência francesa se conheceram. O show também comemorou os 30 anos de lançamento do álbum “Olhar”, que tem hits como “Beat Acelerado” e “Tudo Pode Mudar”. Uma edição comemorativa do álbum foi relançada pela gravadora Sony Music.
“Foi um show tão bom que gostoso, o público curtiu e deu vontade de fazer mais. Desde então, a gente tá fazendo com que isso seja repetido e compartilhado com o público que curte nossa música”.
30 anos de “Olhar”
Virginie conta que ficou 30 anos sem se apresentar profissionalmente , mas nunca parou de cantar. Casada com um diplomata, durante o tempo em que o Metrô ficou desativado ela morou em vários países, como Namíbia, França, Moçambique , Portugal e Madagascar, e usava a música para trabalhos com crianças. Porém, nunca revelava que tinha sido uma estrela pop no Brasil.
“Era a minha identidade secreta. Nunca usava isso para me aproximar das pessoas. Era bom ser um ‘pessoa normal’. Como tem sido bom reencontrar o público”, diz.
Além de Virginie, formam a banda Alec Haiat (guitarra), Yann Laouenan (teclados), Xavier Leblanc (baixo) e Daniel “Dany” Roland (bateria).
Para a ediçãÌo comemorativa de “Olhar”, aléÌm do disco original remasterizado, há faixas bôÌnus com remixes para pistas de dança e a versão para o filme “Rock Estrela”, em parceria com Léo Jaime, shows ao vivo gravados na tour de 85 e demos que originaram o material do álbum.Além de muitas fotos, imagens, cartazes de shows e outros itens.
“Os shows têm sido muito divertidos, tudo mundo gosta muito e cantam as letras todas. As pessoas levam os discos antigos, nos dizem que as músicas são muito importantes para elas.”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas