A segunda fase da Oficina de Música de Curitiba começou no último domingo (17) e segue até o dia 27, quando um show do virtuose do violão Yamandu Costa em parceria com o lendário percussionista Naná Vasconcelos encerra o evento no Guairão.
Até lá, a programação artística reúne representantes de vertentes distintas da música popular brasileira: há desde músicos ligados a gêneros mais tradicionais, como a viola caipira de Roberto Corrêa (nesta terça, 19, com Badia Medeiros), até artistas que trabalham numa linha mais pop e dançante, como o cantor Felipe Cordeiro (dia 23, na Boca Maldita).
De acordo com João Egashira, um dos diretores da segunda fase da Oficina, a ideia da programação é trazer músicos de qualidade, como já é característico do festival, mas também incluir no evento “uma MPB mais ousada”.
“A gente procurou trazer gente que pensa a música de forma menos tradicional”, explica o músico, responsável pela curadoria ao lado de Vadeco Schettini.
A pedido da Gazeta, o diretor elencou algumas das atrações que considera representativas desta linha – e que você não pode perder. Confira:
Dia 22, às 19h
Teatro Paiol. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Grupo argentino com mais de dez anos de trajetória. “É um grupo considerado importante na música popular da América Latina, que pega uma música mais tradicional e dão a ela uma roupagem original. É uma leitura mais atual da música folclórica argentina.”
Dia 22, às 21h
Teatro da Reitoria. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Os violonistas homenageiam mestres da música brasileira como Dilermando Reis, Garoto e Dominguinhos. “Dois violonistas que são um marco na história do violão brasileiro. Todos os que vieram depois deles os têm como referência. Mas tocaram pouco juntos na trajetória deles, e agora resolveram se juntar. Para os violonistas – e para quem gosta de violão – é um prato cheíssimo.”
Dia 23, às 17h
Boca Maldita. Entrada franca. O paraense é um dos artistas que se apresentam na Boca Maldita no dia 23. A programação do palco começa às 11 horas, com a Banda Gentileza, e termina com um show da Blindagem às 19h. Cordeiro ganhou destaque ao misturar a música tradicional do Pará com gêneros latinos dançantes. “É um concerto que deve agitar a Oficina”, diz Egashira.
Dia 23, às 21h
Teatro da Reitoria R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). O cantor gravou o disco “Canela” em parceria com o quarteto, em 2015. “Braz é um dos cantores mais importantes da MPB atualmente, e o Quarteto Maogani trabalha o repertório brasileiro com uma sonoridade mais camerística. É um concerto de bastante sensibilidade.”
Dia 24, às 12h30
Capela Santa Maria. Entrada franca. O projeto reúne os percussionistas Bernardo Aguiar, integrante do Pife Muderno, e Gabriel Policarpo. “É uma formação inusitada, e o show deve contar com convidados. É um concerto que vale a pena conferir”, sugere o diretor.
Dia 24, às 19h.
Capela Santa Maria R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). O cantor paulista de 27 anos apresenta seu CD de estreia, “Memória Afetiva”, lançado em 2015, com produção de Roberto Menescal. “É uma voz que está surgindo e promete se destacar na música brasileira”, explica Egashira.
Dia 27, às 21h
Guairão. R$ 36 e R$ 21 (meia-entrada). Considerados referências em seus instrumentos, os músicos se unem no palco do Guairão. “É um encontro inusitado entre duas figuras importantes da música brasileira. Promete ser uma surpresa.”
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