Sem 26 músicos, Orquestra Sinfônica do Paraná abre temporada com limitações

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Mesmo desfalcada após a saída de 26 músicos, a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) vai abrir a temporada 2017. De terça (28) a quinta-feira (30), passa por Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, apresentando concertos didáticos, parte do Projeto Dança e Música Teatro Guaíra para Todos.

Sob regência do maestro convidado Alexandre Brasolim, a formação, que em geral tem cerca de 80 músicos, segue em atividade de maneira bastante limitada, executando apenas obras feitas para orquestras menores. “Montei o concerto com os músicos que ficaram na orquestra, escolhendo obras específicas que funcionam bem para fins mais didáticos, em que é possível apreciar e entender melhor cada instrumento”, afirma Brasolim, que também é regente da Orquestra Filarmônica de Curitiba.

No programa da apresentação, que será na Câmara Municipal de Quatro Barras, estão peças como “O Messias: Abertura do oratório”, de Haendel; “O Senhor Bruschino: Abertura”, de Rossini; “Sinfonia n°1: 1°Movimento, de Beethoven” além de canções de Chico Buarque e Edu Lobo e Astor Piazzolla.

Sinfonias maiores, no entanto, são impossíveis de serem realizadas sem uma orquestra completa, diz Brasolim. Hoje, há naipes na OSP representados por apenas um músico, como é o caso do fagote. “Faltam as outras ‘vozes’. A gente sente essa ‘tristeza’ musical. Falta alguma coisa, que não se preenche com outros instrumentos”, afirma o maestro.

A OSP, assim como o Balé Teatro Guaíra (BTG) está desfalcada desde 1º de março, quando os cargos comissionados de alguns artistas foram extintos por uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) que julgou inconstitucional uma lei de 2003, ainda no governo Roberto Requião, que criava esses cargos. Com isso, além dos 26 músicos, 23 bailarinos, que correspondiam a todo o corpo do BTG, foram demitidos.

Enquanto um concurso público não é realizado, o PalcoParaná, Serviço Social Autônomo (SSA) que gere as duas formações, protocolou requerimento no Tribunal de Contas para formalizar um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), pelo qual os artistas poderiam ser contratados por serviço prestado. A estimativa era de que as atividades fossem regularizadas até junho, mas a data do certame ainda não foi anunciada. A viabilidade do TAG também ainda não foi confirmada.