Nação Zumbi e Paralamas: duas bandas pelo preço de uma.| Foto: Lucas Lima/Divulgação

A fusão entre de uma das mais duradouras bandas do rock nacional na década de 1980 com a banda mais importante da geração seguinte, Os Paralamas do Sucesso e Nação Zumbi, respectivamente, é o menu duplo desta sexta, a partir das 21h15 no Teatro Positivo.

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O show será dividido em três partes iguais. Na primeira, os Paralamas se ocupam dos clássicos de todas as fases do grupo e de artistas que os influenciaram.

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Depois, a Nação Zumbi mostra suas canções e, na meia hora final, as bandas se unem numa jam session. Unidas as duas formações, formam uma grande banda com 13 pessoas: o trio dos Paralamas, mais o reforço de metais e teclado de seus seis integrantes e os sete músicos da Nação.

Versões das faixas “Selvagem”, “O Beco”, “A Praieira” e “Manguetown” devem estar no repertório da apresentação conjunta.

Barone, baterista dos Paralamas, lembra que as duas bandas já excursionaram em 1996, ainda com Chico Science como líder da Nação Zumbi (o músico morreria no ano seguinte).

“Quando os conhecemos ficamos com a autoestima muito alta vendo o respeito deles pelo nosso trabalho. E a gente pode ver o talento deles desabrochando, uma coisa muito preciosa emergindo”, diz Barone.

O show em conjunto acaba de ser testado no Boulevard Olímpico, no centro do Rio de Janeiro, há uma semana, para 120 mil pessoas.

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DNA brasileiro

Barone aponta a “brasilidade” como um ponto em comum entre as duas bandas. “Cada uma das bandas tem um DNA brasileiro em comum, seja nas referências, na temática e até na estética. Às vezes é mais explícito, em outras mais subliminar, mas nos dois casos funciona bem”. Para ele, as duas bandas tocando juntas “concentram este poder”.

Paralamas do Sucesso e Nação Zumbi

Sexta-feira (26), 21h15, no Teatro Positivo. Ingressos de R$ 90 a R$ 280. Mais informações no Guia.

Com 39 anos de Paralamas, Barone avalia que a sua banda talvez seja a mais longeva de sua geração, ao menos em relação ao trio fundamental: ele, Bi Ribeiro e Herbert Vianna, já que a formação enxuta é mais fácil de administrar.

“Três cabeças, ‘dinossáuricas’ no nosso caso, são menos sujeitas a problemas que outras bandas. Ainda que outros trios dos anos 1980 já tenham se dissolvido. Quando a gente começou éramos incendiários, hoje estamos mais para bombeiros”, brinca.