Os discos de ouro e platina - certificações de vendas altamente cobiçadas por músicos e selos fonográficos - agora também podem ser baseados no streaming de faixas, um movimento que mostra a importância crescente dos serviços online.
A Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos (RIAA) anunciou esta mudança na segunda-feira e declarou imediatamente 17 novos discos de ouro ou platina com base em seus ouvintes online.
“Nós sabemos que o ato de ouvir música está aumentando, embora esta tendência não tenha sido refletida em nossas certificações”, disse Cary Sherman, presidente e CEO da associação.
“Modernizar nosso prêmio para incluir o streaming de música é o passo lógico na evolução contínua dos prêmios de ouro e platina, e assim permite que a RIAA recompense melhores os sucessos dos discos de hoje”, explicou, em declaração.
Em 2013, a associação já tinha começado a analisar o streaming para certificar as vendas de um título, mas não de um álbum.
O instituto Nielsen, que contabiliza as vendas para estabelecer a classificação de referência semanal publicada pela Billboard, já levava em conta as faixas online desde 2014.
Nos Estados Unidos, um disco de ouro significa que o álbum vendeu 500.000 cópias e o de platina indica um milhão de cópias.
Entre os beneficiários imediatos desta alteração estão “Thriller”, de Michael Jackson. Já consagrado trinta vezes com um disco de ouro nos Estados Unidos, excluindo faixas em streaming, o álbum passou automaticamente a 32 discos de ouro com o novo sistema de cálculo.
Isso consagra ainda mais o revolucionário álbum de 1982 como o mais vendido de todos os tempos.
Outro favorecido foi o álbum “To Pimp a Butterfly”, do rapper Kendrick Lamar, que entrou na segunda-feira para o clube dos discos de platina.
A RIAA só leva em conta as vendas nos Estados Unidos. Outras associações que entregam prêmios similares em outros países usam critérios distintos.
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