Vermelho. Era a cor que predominava no palco do Vanilla Music Hall minutos antes do tecladista Guillermo de Medio executar os acordes de “Phanton of The Opera” – tema do clássico musical de 1986 –, que abriu o show da finlandesa Tarja Turunen na noite do último domingo (25).
A cantora tem uma presença magnética e subiu ao palco depois de um estratégico atraso de trinta minutos. Totalmente à vontade, regendo as reações da plateia, fez da música de abertura uma espécie de prefácio para o que sua voz de soprano poderia oferecer à audiência.
O clássico foi seguido de “500 Letters”, momento em que o público, como forma de interação, atirou ao palco dezenas de cartas. A diva do metal, respondendo ao gesto, apanhou algumas e deu ainda mais significado à letra da canção ao atirá-las para cima.
Outro momento marcante veio logo após a energética “Falling Awake”. Após uma breve pausa, Tarja agradeceu o apoio dos fãs. “A vida é cheia de cores. A minha vida é cheia de cores. E sabem por que? Por causa de vocês. É incrível receber esse carinho de vocês por todo esse tempo. A próxima música é sobre isso”, disse, dando início a “Walk Alone”.
Tão importante para a criação da atmosfera “teatral” tão característica das apresentações da cantora é a composição do figurino. Por isso, após outras duas canções ocorreu a primeira troca de roupa. O visual inteiramente negro deu lugar a um figurino cheio de brilho que reflete justamente o vermelho e o lilás – cores que compõe a capa do disco “Colours in The Dark”, responsáveis pela identidade visual da turnê.
A mesma teatralidade também se reflete na própria postura da cantora que, assim como nas demais, quando apresenta a canção inédita “No Bitter End”, valoriza a intenção de cada palavra, com todo o corpo respondendo às mudanças de andamento da música.
Em mais um exemplo da pluralidade de suas referências comentada em entrevista anterior, a cantora trouxe no repertório “Goldfinger”, canção de autoria de John Barry, que faz parte da trilha sonora do filme “007 contra Goldfinger”, de 1964.
Após a segunda troca de roupa, em que fez uma homenagem aos fãs ao trazer uma bandeira do Brasil ao palco, aqueles que tinham a esperança de ouvir alguma canção do Nightwish foram recompensados com “Slaying the Dreamer”, para delírio do público.
Depois de 17 músicas, o show terminou com a sugestiva “Until My Last Breath”, seguida dos costumeiros aplausos, despedidas e declarações de amor ao público, que deixou o local hipnotizado.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado
Deixe sua opinião