“É uma honra e um prazer estar com vocês aqui nesta noite. Vocês sentiram nossa falta, Rock in Rio?” Corey Taylor, o vocalista do Slipknot, nem precisou esperar pela resposta à sua pergunta retórica.
O fã-clube dos americanos já havia demonstrado desde o início do show que seria responsável por um dos poucos momentos dignos de nota no dia mais vazio do festival, encerrado já na madrugada deste sábado (26).
Em sua segunda passagem pelo Rock in Rio nacional -a primeira foi em 2011 e, dois anos depois, a banda voltou ao país para tocar no Monsters of Rock, em São Paulo-, o Slipknot trouxe novamente toda a parte teatral que caracteriza suas apresentações.
Além das máscaras de seus integrantes, há muito fogo, luzes e um cenário elaborado, com dois níveis e rampas, além de um conjunto de percussão que fica sobre uma plataforma móvel.
Nervoso e energético, o som do numeroso grupo destaca não apenas as guitarras e baixo: chama atenção a predominância da bateria e da percussão em diversas canções, como “The Devil in I” e “(sic)”.
Muito falante com seus fãs, a quem tratou o tempo todo como “my family, my friends” (e, alternativamente, como “crazy motherfuckers”), o vocalista apresentou canções e incentivou a audiência a pular, rodar e cantar junto.
“É uma canção nova, mas com uma pegada antiga”, disse Corey antes de introduzir a thrash “AOV”, que lembra o Metallica de outrora e está no álbum mais recente do Slipknot, “.5: The Gray Chapter” (2014), do qual saíram cinco das 17 músicas do repertório.
Entre os incontáveis elogios que fez à plateia ao longo do show, o vocalista frisou que “uma das coisas que mais amo sobre seu país é essa paixão que vocês têm pela música”.
Um dos momentos em que essa paixão ficou mais evidente foi na sequência com a ótima “Before I Forget”, uma metralhadora musical cantada em coro pelo público, “Sulfur” e “Duality”.
Também digna de nota foi a gigantesca roda que a plateia formou na saideira, “Surfacing”. Acabava ali o Rock in Rio, já que as atrações de sábado (26) e domingo (27) estão mais para Pop in Rio.
E, se não foram tantos os que vieram se despedir do heavy metal no festival, em comparação com os demais dias, quem foi viu um show profissional de uma banda competente, o que é mais do que se pode dizer de algumas das outras atrações do RiR.
Os fãs paulistanos do Slipknot poderão conferir o grupo ao vivo no domingo (27), na Arena Anhembi.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano