A banda Duran Duran está entre as principais atrações do Festival| Foto: Tiziana Fabi/AFP

Quatro palcos, 47 atrações, em dois dias de som e luz, na imensidão do Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Em sua sexta edição, neste sábado e neste domingo, o festival Lollapalooza Brasil pode assustar quem chega pela primeira vez. Na programação, amontoam-se nomes bem conhecidos, outros nem tanto e alguns dos quais parte do público nunca ouviu falar. E muitos shows que acontecem simultaneamente. Quais escolher?

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Medalhões do rock e do pop, bandas diversas dos anos 1990 e 2000... tem um pouco de tudo neste guia.

BaianaSystem

Sábado, 14h15m, palco AXE. Os primeiros a chegar ao Lolla terão a oportunidade de assistir à melhor banda brasileira em atividade nos palcos. Ao misturar a tradição dos blocos de Salvador com a eletricidade do dub e do afrobeat e um punhado de provocação política, o BaianaSystem chega com pressão para fazer todo mundo tirar os pés do chão e botar as cabeças no lugar.

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Rancid

Sábado, 18h35m, palco Skol. A banda californiana reviveu nos anos 1990 a fusão de punk e ska do Clash e voltou a se reunir em 2014 para lançar o álbum “... Honor is all we know”, uma boa mostra do seu poder de fogo. Mas os fãs vão cobrar também sucessos como “Time bomb”, do seu melhor álbum, “...And out come the wolves”, de 1995.

The xx

Sábado, 19h40m, palco Onix. No fim dos anos 2000, os jovens ingleses Oliver Sim, Romy Madley Croft e Jamie Smith se tornaram populares ao transformar a melancolia de sua geração em música pop. Em janeiro, surpreenderam com uma guinada dançante no álbum “I see you”. Bons de palco (como o Brasil viu em 2013), eles devem trazer força renovada em canções como “On hold”.

Metallica

Sábado, 21h, palco Skol. Tudo bem, eles são mais do que assíduos de Rock in Rio, mas desta vez vêm com um trunfo: o repertório de “Hardwired... to self-destruct”, lançado em 2016 e ainda não mostrado no Brasil. Após um polêmico disco com Lou Reed, “Lulu”, de 2011, o Metallica voltou com seu álbum mais forte em 30 anos, de canções como “Hardwired”, que a turba aguarda ansiosamente para ouvir ao vivo.

Jimmy Eat World

Domingo, 15h25m, palco Skol. A banda americana é remanescente da cena emocore do fim dos anos 1990. Punks com sentimentos e boas canções, eles chegaram a 2016 com “Integrity blues”, álbum menos nervoso que nos velhos tempos, mas cheio de refrãos gradiosos. É uma das promessas do Lolla - e ainda toca no Rio na terça, no Circo Voador.

Duran Duran

Domingo, 16h30m, palco Onix. Banda inglesa que ajudou a alavancar a MTV no início dos anos 1980, o Duran Duran é uma lenda do pop-rock dançante que volta e meia aparece no Brasil e é sempre bem-vinda. Com boa parte de sua formação clássica dos 80, eles vêm com seu caminhão de hits, mais as músicas de seu último álbum, “Paper gods” (2015), atualização de seu som feita com os produtores-craques Nile Rodgers e Mark Ronson.

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Two Door Cinema Club

Domingo, 17h35m, palco Skol. De volta ao festival, onde se apresentou em 2015, o grupo da Irlanda do Norte traz na bagagem um álbum fresquinho, “Gameshow” (2016), no qual renova seu rock dançante com sabor indie. Eficientes ao vivo, eles são a garantia de festa do começo da noite de domingo. Também tocam no Rio na terça, no Circo.

The Weeknd

Domingo, 18h55, palco Onix. O canadense Abel Tesfaye fez o seu caminho diretamente da cena underground do r&b alternativo para as arenas do pop. Estourado com o disco-funk “I can’t feel my face”, ele lançou em 2016 o bem-sucedido álbum “Starboy”, que teve parceria da dupla Daft Punk na faixa-título. É um dos poucos artistas que conseguem fazer música para as pistas com personalidade, boa voz e um pouco de trevas.