Versátil, Daniel mostra repertório modernizado no show em Curitiba

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Com 30 anos de carreira e mais de 13 milhões de discos vendidos, o cantor Daniel se define como um “polivalente” do sertanejo romântico. “A gente tenta jogar nas onze posições, né?”

O cantor trará a Curitiba neste sábado, na Live, às 21h, o show com o repertório de seu novo disco, batizado simplesmente de “Daniel”.

O álbum é o primeiro de inéditas em cinco anos. Nele, Daniel interpreta canções de novos compositores do sertanejo.

A produção é assinada por Dudu Borges, que também produziu discos de sucesso de astros de uma geração mais nova, como Luan Santana, Gusttavo Lima e Jorge & Matheus.

“Este projeto tem uma influência atual até pelo Dudu, que tem este contato com a galera mais nova, mas sem perder o meu chão, tudo o que já plantei até aqui e que tem o romantismo como característica mais aparente”.

No show com uma banda de 11 músicos, Daniel também vai cantar alguns de seus sucessos como “Estou apaixonado” e “Eu me amarrei”, além de parte do repertório pop de seu trabalho anterior, no qual cantou músicas de Lulu Santos e Ritchie.

Este formato de show é apenas um dos quais o cantor tem trabalhado e que dependem do público e de quem o contratou para serem definidos.

“Há cinco anos, eu desenvolvi pocket-shows para lugares mais confortáveis, teatros e casas de show. Além de ter a certeza de que o público está ali para me ver porque curte o que eu faço, a faceta mais intimista me fascina. Eu gosto deste contato e tem dado muito certo”

Com este formato ele tem feito temporadas de shows na cidade de Brotas, cidade onde nasceu no interior de São Paulo, em um teatro para 400 pessoas.

O cantor diz que também tem um show de “voz e piano” que tem apresentado em cruzeiros marítimos, além de outro em que canta apenas clássicos do chamado sertanejo de “raiz”.

“É bom poder transitar entre estas várias possibilidades como um pequeno teatro. Poder estar em lugares como um aniversário de cidade em praça pública, uma festa de peão ou uma feira agropecuária um pouco maior. A gente tem que se adaptar”.

Homenagem a João Paulo

O novo álbum tem o mesmo nome do primeiro trabalho feito por Daniel em 1999, dois anos após a morte de seu parceiro João Paulo, em um acidente de carro.

“Eu não tinha reparado, depois que me falaram eu vi. Não foi de caso pensado.A gente não queria colocar o título de uma música. Era difícil indicar uma canção só do repertório que está muito legal, totalmente inédito”.

Ele disse que está preparando um show para homenagear antigo parceiro no ano que vem, quando completar 20 anos da morte do amigo.

“Eu sempre dedico todos os meus shows a ele, que sempre é muito presente no meu trabalho. Sempre digo que sem ele nada do que aconteceu comigo teria acontecido”.