| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O foco da apresenta­­ção era o samba. Aliás, o próprio nome da apresentação de Alcione em Curitiba no último sábado, 24, no Guairão – Eterna Alegria – faz menção ao último trabalho da cantora, um CD voltado ao ritmo tipicamente brasileiro. Sem dúvida, as canções de batuque agitaram a plateia que lotou o teatro, mas eram as antigas músicas, mais melódicas e românticas, que fizeram o público delirar.

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Bastavam os primeiros acordes de sucessos como "Além da Cama", "Estranha Loucura", "Você Me Vira a Cabeça" ou "O Que Eu Faço Amanhã", para os fãs enlouquecerem. Gritavam quase histéricos e entoavam a música num coro só, sentindo cada palavra cantada, como se relembrassem do momento de "fossa" ou "dor de amor" que viveram e de que a música foi trilha sonora.

E o coral não tinha idade definida. Jovens e moças se misturavam a casais de meia-idade ou senhores e senhoras que acompanham Marrom nos mais de 40 anos de carreira. Todos num clima só e bem à vontade. Aliás, a simpatia e o jeito simples da artista pareciam dar ao público mais segurança, uma certa intimidade. Aos poucos, os fãs estavam gritando frases inteiras nos breves períodos de silêncio, entre uma música e outra: "Alcione, eu trouxe um tercinho para você! Posso ir aí te entregar?" Alcione assentia e lá estava a fã, de joelhos na frente do palco, entregando o presente.

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No repertório, além dos antigos hits e músicas do disco recém-lançado, Marrom cantou João Nogueira, Benito de Paula e fez uma homenagem a Emílio Santiago. Para encerrar, transformou o palco em Marquês de Sapucaí e, a caráter (de verde e rosa), puxou sambas-enredo da Mangueira. Uma festa boa dada por quem sabe ser anfitriã.