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Peça de Alberto Camus, Mal Entendido estreou com o Núcleo Bacatá no Rio de Janeiro. E foi selecionada para correr de Palmas a Porto Alegre | Silvana Marques/Divulgação
Peça de Alberto Camus, Mal Entendido estreou com o Núcleo Bacatá no Rio de Janeiro. E foi selecionada para correr de Palmas a Porto Alegre| Foto: Silvana Marques/Divulgação

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Espetáculos programados para serem apresentados em Curitiba pelo Palco Giratório:

1ª etapa

O primeiro a vir foi o espetáculo de dan­­ça Ideias de Teto, da Bahia, em abril.

2ª etapa

2 de junho – Mal Entendido. Direção de Marco André Nunes. Com o Núcleo Bacatá (RJ).

12 e 13 de junho – Obscena Senhora D. Direção de Rosi Campos e Donizete Mazonas. Com o grupo Circo do Silêncio (SP).

15 de julho – Conceição. Direção de Mônica Lira. Com o grupo Grupo Experimental (PB).

3ª etapa

18 de agosto – Ele Precisa Começar. Direção de Felipe Rocha e Alex Cassal. Com Felipe Rochas ou Dani Barros (RJ).

4ª etapa

30 de setembro, 1º e 2 de outubro – Dolores. Direção de Jomar Mesquita. Com a Mimulus Cia de Dança (MG) .

15 de outubro – Filhas da Mata. Com o grupo Grupo O Imaginário. Direção de Chicão Santos (RO).

6 de novembro – Agreste. Direção de Marcio Aurelio. Com a Cia Razões Inversas (ES).

Enfim, Curitiba entrou na rota do Palco Giratório. PO projeto seleciona anual­­mente alguns dos melhores espetáculos de dança e teatro da temporada, para que circulem pelas unidades do Sesc de todo o país, chegando a públicos antes fora do alcance – e com entrada franca. De Tocantins ao Rio Grande do Sul, passando por São Paulo e pelo interior paranaense, é vasta a rede de cidades integrada. Curitiba, curiosamente, ficava de fora.

Desde abril, porém, com a vinda do espetáculo de dança Ideias de Teto, da Bahia, o Palco Giratório incluiu a capital paranaense em seu percurso. Hoje à noite, será a vez dos cariocas do Núcleo Bacatá de Teatro se apresentarem no Sesc da Esquina, com a peça Mal En­­tendido, de Alberto Camus.

A programação continua ao longo do ano, com espetáculos de mais seis grupos confirmados. Entre eles, montagens consagradas como a de Agreste, escrita por Newton Moreno e dirigida por Márcio Aurélio, que já esteve em cartaz na cidade no Fringe. Mais outras que dificilmente veríamos por aqui, como a rondonense Filhas da Mata, do grupo O Imaginário.

Não fazia mesmo sentido Curi­­tiba "exportar" companhias para outras cidades e não recebê-las. Pela edição deste ano, a Cia. Tato viaja com a infantil E Se e a adulta Tropeço, enquanto a atriz Rosana Stavis conhece novos palcos com Para Luís Melo.

"O projeto acontecia muito bem no Paraná, mas mais no interior. Em Curitiba, por já haver uma movimentação cultural, acabaram esquecendo da sua importância", comenta Graciele Weiler, a responsável pela entrada da capital no circuito. Ela cuidava do Palco Giratório há oito anos em Cascavel, no Oeste do estado. Quando se mudou para cá, há oito meses, recorreu à experiência para torná-lo ativo.

Um dos pontos fortes do Palco Giratório é sua seleção abrangente, atenta à produção à margem do eixo. Para isso, existem os olheiros, que acompanham a cena teatral em busca de espetáculos com qualidade para integrar o projeto. No Fringe deste ano, por exemplo, o mineiro É Só uma Formalidade chamou a atenção e foi sugerido aos curadores da fase seguinte, quando todos os indicados se apresentam durante uma maratona teatral da qual saem os selecionados.

Suspense

Mal Entendido estreou no começo do ano passado no Rio de Janeiro. Fez duas temporadas nas quais foi visto pelos curadores, que o elegeram para circular pelas unidades do Sesc. Desde então, o espetáculo esteve em Fortaleza, Palmas, Cuiabá, Recife e Porto Alegre, e, depois de Curitiba, segue rumo ao interior do Paraná.

Trata-se de uma montagem da peça homônima escrita por Al­­berto Camus, um suspense familiar. Ian (papel de Alexandre Dan­tas, de Ai, Que Saudades do Lago!) retorna ao hotel onde vivem sua mãe e sua irmã depois de décadas ausente, querendo que as duas o reconheçam. Ironicamente, elas têm o hábito de matar os hóspedes e roubar-lhes o dinheiro para financiar a busca pelo filho/ir­­mão que se foi.

A direção é de Marco André Nu­­nes, que concebeu o espetáculo com a atriz Carolina Virgüês. Numa outra ocasião, a moça já havia montado a mesma peça, interpretando Maria, a esposa de Ian. Agora, assume o papel da irmã.

Serviço

Malentendido. Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969), (41) 3322-6500. Com o Núcleo Bacatá de Teatro (RJ). Dia 2 às 20 horas. Entrada franca. Classificação indicativa: 16 anos.

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